Como Benítez deixou lesões para ser o grande nome do América em 2023 - Rede Gazeta de Comunicação

PUBLICIDADE

Como Benítez deixou lesões para ser o grande nome do América em 2023

Benítez chegou ao América com desconfiança por parte da torcida devido às frequentes lesões, mas o começo de 2023 não poderia ser mais animador. O meia argentino, de 28 anos, tem se mantido longe do departamento médico e é o grande nome do time até o momento.

Mas como Benítez tem evitado lesões para se tornar peça fundamental do técnico Vagner Mancini? O Superesportes lista, a seguir, alguns fatores para o bom começo de temporada do jogador.

Benítez chegou ao América em julho do ano passado, emprestado pelo Independiente-ARG. A partir disso, o meia já demonstrava que as contusões estavam cada vez mais longe.

Desde a primeira vez que foi relacionado, na 20ª rodada do Campeonato Brasileiro, ele esteve à disposição em 15 dos 18 jogos do time na competição – não podia atuar na Copa do Brasil por já ter defendido o Grêmio. 

Em todas as partidas em que teve condições de jogo, só não participou em uma delas, no empate sem gols entre Coelho e Botafogo, na 26ª rodada, no Engenhão.

Em 2022, foram sete jogos como titular e outros oito entrando ao decorrer das partidas. O argentino contribuiu com um gol – contra o Palmeiras, de falta – e deu três assistências neste período.

Sequência no América em 2023

A temporada chegou ao fim, e a permanência de Benítez no América estava indefinida. Apesar da vontade do jogador e do clube, o Independiente fez jogo duro, mas acabou vendendo 50% do passe do meia por aproximadamente US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,31 milhões).

Durante as negociações, Benítez manteve contato frequente com o departamento de futebol do Coelho. Mesmo de férias, ele foi acompanhado de perto e enviava vídeos dos treinos físicos direto da Argentina.

Em contato com o Superesportes, Leonardo Cupertino, coordenador do núcleo de performance, elogiou o empenho do atleta e destacou a importância de Lucas Itaberaba, preparador físico do clube. Além disso, o profissional explicou como as atividades do jogador têm sido controladas.

“Agora, no decorrer das competições, a carga de trabalho, seja de treino, de jogos, foi muito bem controlada, avaliada de acordo com o perfil dele, as métricas que ele alcança. Nós temos muitos recursos para avaliar ele diariamente em termos de treinamentos e jogos”, disse Cupertino.

Encaixe com Mancini

Com a parte física em alta, bastou Benítez se encaixar ao modelo de jogo do técnico Vagner Mancini. E isso não foi problema. Com a ausência de Emmanuel Martínez no fim da temporada passada, devido a uma lesão no pé direito, o camisa 10 fez boas partidas e já demonstrava a qualidade esperada pelos torcedores.

No início desta temporada, ainda com a ressalva de não ter enfrentado os principais times do país, o meia tem sido um dos, se não o principal jogador do Coelho.

Com liberdade em campo, Benítez participa da construção e das conclusões das jogadas, com dribles, lançamentos e finalizações. Ele foi utilizado em nove das 11 partidas do time na temporada. As ausências se deram apenas quando Mancini poupou os atletas do time considerado titular.

Mesmo com seis jogos a menos, o argentino já igualou o número de participações em gols da temporada passada, com duas bolas nas redes e outras duas assistências. Ou seja, teve influência direta em quase metade dos jogos em que participou em 2023.

O último (e decisivo) gol foi na terça-feira, quando o América bateu o Santa Cruz por 1 a 0, no Independência, e garantiu a classificação para a terceira fase da Copa do Brasil.

Elogios e sondagens

Ainda antes do início da temporada, Benítez já recebia elogios de companheiros. Em entrevista coletiva em janeiro, o capitão Juninho elegeu o meia como o atleta com maior qualidade técnica do grupo americano.

“Tem o Benítez, que tem uma qualidade, que talvez no grupo nosso seja o diferente, o ‘tempero’. É um jogador, mas com uma qualidade única”, disse o experiente volante. 

Nessa quinta-feira, Jorge Nicola, colunista do Superesportes, revelou que Benítez recusou ofertas de um time da Major League Soccer e outro da Arábia Saudita. 

“Mas o Benítez está feliz demais no América, que dá todas as condições, estrutura, pagamento em dia e ambiente ótimo”, justifica uma pessoa próxima ao argentino à coluna.

Tentando se manter longe do departamento médico, Benítez tem o desafio de seguir com o bom nível técnico na Série A. Antes, o argentino busca, junto aos companheiros, garantir a classificação à final do Campeonato Mineiro.

Após vencer o jogo de ida por 2 a 0, o Coelho receberá o Cruzeiro no domingo, às 18h, no Independência. O time pode perder por até dois gols de diferença que avança à decisão. (Superesportes)