O deputado estadual Arlen Santiago, como presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, recebeu nesta terça-feira, o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, para apresentar aos deputados estaduais um balanço da gestão, anunciar os investimentos previstos na área para o ano de 2024 e prestar esclarecimentos no Assembleia Fiscaliza, iniciativa do Legislativo destinada ao acompanhamento das políticas públicas estaduais.
O Assembleia Fiscaliza é realizado semestralmente, por meio de audiências públicas onde representantes das Secretarias de Estado apresentam relatórios detalhados sobre a gestão dos recursos e as ações desenvolvidas. Nessas audiências, os parlamentares têm a oportunidade de fazer perguntas, sugerir melhorias e cobrar resultados.
Os questionamentos dos deputados ao gestor da saúde foram realizados durante Audiência Pública da Comissão de Saúde. Os trabalhos foram conduzidos pelo deputado Arlen, que destacou a questão oncológica e o desafio de garantir o diagnóstico precoce a pacientes com câncer, considerando a baixa remuneração oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O secretário Fábio Baccheretti esclareceu os pontos de avanço na saúde pública, depois respondeu aos questionamentos dos deputados e ouviu sugestões de vários deles para que se possa aplicar cada vez mais uma política mais forte e que dê acesso à população mineira.
Arlen Santiago explicou que, apesar dos esforços da Secretaria de Estado de Saúde, 80% dos recursos oncológicos ainda são consumidos pela quimioterapia. Ele alertou que o principal a ser feito é investir em diagnóstico precoce.
O parlamentar criticou o Governo Federal e afirmou que é preciso mais incentivos, já que os valores pagos para o tratamento oncológico, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), está extremamente defasado. Ele citou o exemplo da biópsia de mama, em que o SUS paga R$140 por uma biópsia de mama, no entanto, só a agulha custa R$120. Destacou também os transtornos causados aos pacientes que precisam, muitas vezes, se deslocar cerca de 300 quilômetros para ter acesso a um mamógrafo.
O presidente da Comissão evidenciou a doação de mamógrafos realizadas pela pasta e sugeriu a elaboração de um programa para superar obstáculos quanto a questão de mamografias. “A doação de mamógrafos tem sido uma iniciativa importante, mas ainda existem barreiras. Sabemos que a secretaria está trabalhando para superar esses obstáculos, mas precisamos que seja estudada pela equipe da SES a implementação de um programa que facilite o acesso aos laudos de mamografia pelas Unacons (Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia). Esse programa é crucial para que as Unacons possam acompanhar as pacientes com diagnósticos suspeitos (BI- RADS 4 ou 5) e garantir a realização de biópsias”, disse Arlen Santiago.
As reuniões do Assembleia Fiscaliza tiveram início no dia 20 de junho e vão até o próximo dia 28 de junho, quando será recebida a prestação de informações sobre a gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo. A programação completa pode ser acessada no site da Assembleia (www.almg.gov.br).
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