Comissão de Saúde debate realização de mamografias em Minas Gerais - Rede Gazeta de Comunicação

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Comissão de Saúde debate realização de mamografias em Minas Gerais

O deputado estadual Arlen Santiago, presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), recebeu nesta terça-feira o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, na audiência pública que debateu a realização dos exames de mamografia no Estado, pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A audiência também contou com a participação de deputados estaduais, do promotor de justiça Luciano Moreira, do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde (CAO-Saúde); do presidente do COSEMS, Edivaldo Farias; representantes do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais e da Associação Mineira de Medicina de Minas Gerais, além de secretários municipais e representantes de diversos hospitais mineiros.

O parlamentar, autor do requerimento que convocou a reunião, apontou uma piora na realização de mamografias e biópsias em Minas Gerais. Os dados do Ministério da Saúde revelam que o número de exames realizados no estado entre 2018 e 2022 caiu. Foram 63.449 mamografias diagnósticas realizadas em 2018, contra 62.004 procedimentos em 2022. Os exames de rastreamento também tiveram quedas expressivas: em 2018 foram feitas 330.808, ao passo que 2022 contabilizou 274.966.

“O câncer é o principal problema de saúde pública no mundo e encontra-se entre as quatro principais causas de morte prematura, na maioria dos países, segundo o Instituto Nacional do Câncer”, disse o Deputado durante a apresentação. Ele comentou que o rastreio e diagnóstico tardio compromete o tratamento de câncer de mama.

Arlen Santiago também aponta a necessidade de mais incentivos financeiros, já que os valores pagos para o tratamento oncológico, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), está extremamente defasado. “O SUS é o melhor programa de saúde do mundo, mas, com relação às mamografias, quem toma as decisões parece preferir que as mulheres não tenham um diagnóstico precoce para depois gastar mais dinheiro com a quimioterapia, quando uma simples mamografia e depois a biópsia conferem um índice de cura de 95%”, afirmou.

O secretário Fábio Baccheretti esclareceu que a Secretaria de Estado de Saúde tem discutido para diminuir as burocracias no processo de realização de mamografias. Dentre as ações tomadas pela pasta, está a doação e modernização dos mamógrafos para os municípios mineiros e a inclusão das cirurgias oncológicas na próxima revisão dos valores destinados do Programa Opera Mais. Ele também anunciou que a Secretaria tem trabalhado para lançar um aplicativo voltado para a saúde da mulher, que vai facilitar a marcação de exames de mamografia em todo o estado.

“O primeiro ponto é tirar a burocracia. A mulher não vai mais ficar jogada na rede e será cuidada do início ao fim do tratamento. Para garantir que 100% das mulheres no Estado tenham acesso rápido aos exames, vamos assegurar que todos os que forem feitos sejam pagos, e a preços de mercado. Mas vamos exigir que o resultado venha também num prazo curto”, afirmou o Secretário durante a audiência.

O promotor de justiça Luciano Moreira, do CAO-Saúde, ressaltou a necessidade de o Governo do Estado estar próximo aos municípios e orientar os gestores na busca de recursos para a área da saúde.

O deputado Arlen Santiago considerou que a audiência pública trouxe esclarecimentos importantes sobre as ações a serem tomadas para mudar o atual cenário das mamografias em Minas Gerais. “É

 extremamente importante que trabalhemos para facilitar o acesso da população ao serviço médico. Garantir esse atendimento preventivo para todas as mulheres e um acompanhamento durante todas as etapas é essencial para um tratamento efetivo”, completa.

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