VALDEMAR SOARES
O Debate que ocorreu na semana em que cinco feminicídios são denunciados no país, proposto pela vereadora Graça da Casa do Motor, traz à tona a questão da violência doméstica. A vereadora defendeu que seja institucionalizado nos diferentes estados do País o projeto Promotoras Legais Populares. O projeto difunde noções de direito ligadas à violência doméstica e a desigualdade de gênero para mulheres.
Além disso, explicou a parlamentar, que promove o diálogo com mulheres vítimas de violência e encaminha para o Núcleo de Práticas Jurídicas da UnB aquelas que precisam de atendimento jurídico. Lembra a parlamentar que Além do DF, hoje o projeto existe em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Goiás e que vai lutar para que possa chegar a Minas e mais precisamente a Montes Claros.
Na reunião da comissão, a promotora legal popular Laerzi Inês de Souza destacou que “o projeto transforma vidas, proporcionando o reconhecimento de situações de violência e de violações de seus direitos”.
Segundo ela, muitas mulheres em situação de violência e em relação abusiva não entendem que estão passando por aquilo. Graça da Casa do Motor disse que é ver o aumento da violência e lembrou que, além da violência física, existe a psicológica e a obstétrica, por exemplo, e ressaltou a dificuldade de se comprovar esses tipos de agressão.
“Os homens intimidam e ameaçam e não tem como provar se não for uma agressão física”, disse. Desde 2017, cerca de 500 mulheres já participaram das Promotoras Legais Populares. A parlamentar ressaltou que o debate ocorre na semana em que cinco feminicídios foram denunciados no País. “O mais dramático é a paralisia da sociedade ao presenciar as agressões, os gritos de socorro, e não impedir o crime”, afirmou.
