Comércio faz acordo para feriados e gera protesto dos negros - Rede Gazeta de Comunicação

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Comércio faz acordo para feriados e gera protesto dos negros

GIRLENO ALENCAR

O comércio de Montes Claros poderá funcionar nos dias 15, 16 e 17 deste mês, quando se comemora o Carnaval e a Quarta-Feira de Cinzas, depois que a Prefeitura de Montes Claros deliberou que na esfera municipal não decretará ponto facultativo. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista, Glen Andrade, expediu correspondência à Câmara de Dirigentes Lojistas e Associação Comercial e Industrial alertando que devida à pandemia coronavirus, neste ano não será concedido e reconhecido o feriado do carnaval e, portanto, as empresas podem funcionar normalmente.

O presidente do Sindicato dos Comerciários, Osanan Goncalves reforça que “em uma nova rodada de conversa entre as entidades Patronal e Laboral ficou definidos que ficam preservados os feriados dos dias 30 de outubro (Dia do Comerciário) e 20 de novembro (Dia da Consciência Negra). Porém em caráter facultativo, as empresas, por livre iniciativa poderão optar por fechar no período de Carnaval, dias 15 e 16 de fevereiro, concedendo folga para os empregados e fazer a antecipação dos feriados. Quem folgar no carnaval poderá trabalhar normalmente nas duas datas 30/10 e 20/11 sem recebimento do adicional, uma vez que foi feita a troca pelas folgas, em fevereiro”.

Frisa ainda que “caso a empresa opte por abrir e funcionar normalmente no período de Carnaval, os empregados receberão os adicionais referentes respectivos feriados, se trabalharem nestas datas. Lembrando que não é uma regra geral, tem caráter facultativo. O importante é que seja preservado ao trabalhador o direito a folga ou ao recebimento dos respectivos feriados”. Porém, o Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial reagiu e em nota à comunidade, assinada pela presidente Luciana de Fátima Oliveira informa que o Dia da Consciência Negra não é uma data qualquer no calendário nacional, pois é uma data histórica dos movimentos negros de resistência e a decisão de não comemorar o feriado no dia, demonstra a falta de compreensão pela data e que permite a reflexão sobre o racismo.