O ano de 2023 foi positivo para o Comércio de Minas Gerais. O varejo restrito cresceu 3,2%, resultado superior ao do país, de 1,7%. Já o varejo ampliado alcançou 2,6% no acumulado de janeiro a dezembro, em linha com a média nacional (2,4%). Os números estão no Boletim Econômico do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) divulgado nesta quarta-feira (7/2) a partir do levantamento do IBGE.
Na avaliação do economista-chefe do BDMG, Izak Carlos da Silva, os resultados do Comércio em Minas foram motivados pelo crescimento nas vendas de alguns setores em especial, como no atacado de alimentos e bebidas, que avançou 15,8% em 2023, e de perfumaria e cosméticos, cuja alta foi de 19,3% no ano. Na contramão, combustíveis e lubrificantes não tiveram um desempenho positivo (-17,4%). No varejo restrito, cinco dos nove segmentos pesquisados avançaram. “O resultado em Minas Gerais foi muito positivo, disseminado em quase todos os segmentos, muitos crescendo bastante. A queda na venda de combustíveis pode ser notada em todo o Brasil devido à variação dos preços relativos”, analisa o economista.
Apesar do resultado positivo no acumulado do ano, o varejo ampliado enfrentou resultados negativos em 2023 em Minas nos segmentos de veículos e peças de material de construção. “É um segmento que depende muito do crédito, que foi muito caro ao longo do ano. Observamos uma recuperação no segundo semestre, com a redução do ciclo da taxa básica de juros, mas que não foi suficiente para melhorar o desempenho no ano”, completou.
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