Comerciantes fazem protesto na área central de Montes Claros - Rede Gazeta de Comunicação

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Comerciantes fazem protesto na área central de Montes Claros

GIRLENO ALENCAR

Vários comerciantes e comerciários de Montes Claros participaram de protesto na manhã de ontem (5), na praça Doutor Carlos, para reivindicar a imediata abertura das lojas, de forma indistintiva, respeitando as normas de segurança. O protesto foi nos moldes do que ocorreu na semana passada em Janaúba. No evento de Montes Claros, a Polícia Militar e Guarda Municipal acompanharam a manifestação. Foram aproximadamente 100 pessoas, todas vestidas de preto e afirmam que tomaram a iniciativa de promover o ato, mas sem a participação de qualquer político, para evitar a exploração pelos grupos políticos e ainda mais, que esperam um resultado. Eles alertaram que esgotou a tolerância e que agora existe risco de demissões.

O empresário Adailton Pereira de Oliveira, do ramo de tecidos e com três lojas na cidade, explica que sua empresa gerava 80 empregos e com a crise da pandemia, reduziu para 45 pessoas e agora tem apenas 20 trabalhando, depois que o Decreto Municipal excluiu o setor de tecidos das atividades essenciais. Ele lembra que está há 15 dias com as portas fechadas e desde ontem foi permitido o atendimento porta a porta, onde o consumidor pode pegar a mercadoria comprada, mas não pode entrar na loja para escolher o produto. O empresário afirma que tem cumprido todos os protocolos sanitários e por isso, acredita que poderá funcionar sem qualquer restrição, mas desde que a Prefeitura autorize.

O comerciante Aurélio Rocha, que tem participado de vários protestos, lamentou no seu discurso que a Prefeitura de Montes Claros não cumpra o seu papel de ajudar o setor produtivo a continuar o funcionamento. Ele lembra que desde o dia 17 de dezembro foi publicada a portaria, instituindo o tratamento precoce em Montes Claros, mas isso não foi colocado em prática. Aliado a isso, se cria decretos proibindo a atuação do setor produtivo e causando um caos social. A comerciária Flávia Pereira afirma que está desesperada, pois o movimento comercial caiu demais e teme perder o emprego, pois o patrão não conseguirá manter a empresa em funcionamento.