A diversificação produtiva tem sido fator primordial para equilibrar as finanças e gerar novas oportunidades para muitos produtores rurais do Norte de Minas. Na cidade de Monte Azul, a produtora Diracilda Custódio Oliveira resolveu unir a apicultura com a fruticultura, garantindo ainda mais sustentabilidade do seu negócio rural, um pequeno sítio de pouco mais de quatro hectares.
“Quando entramos na apicultura vimos que dava renda e ainda seria possível conciliar bem com outras atividades. Sempre pesquisamos antes de iniciar um novo plantio, procurando entender as necessidades dos consumidores. Por isso optamos pela inserção da cadeia da fruticultura”, explica a produtora.
Com uma produção de mais de 1800 kg de mel no ano e a venda média de 50 a 90 dúzias de bananas, tipo maçã, por semana, Diracilda Custódio comemora as contas em dia e a possibilidade de planejar o gerenciamento, com atenção, da propriedade, que é atendida pelo Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG).
“Vivo do que planto aqui no sítio. A diversificação produtiva é importante demais para quem é pequeno produtor e precisa ser feita com planejamento. Com a chegada do ATeG tivemos mais estrutura para essa parte gerencial de cada plantio que fazemos. Com tudo que estamos atuando, é importante saber quanto gastamos, qual a renda e o lucro. O acompanhamento técnico ajuda a nortear o trabalho”, avalia Diracilda Custódio.
Do rebanho ao pasto apícola
A virada de chave para Charles Fabiano Pinho enxergar a propriedade ainda mais como um negócio veio exatamente quando ele colocou as contas no papel para planejar. Sua atividade principal, a bovinocultura de corte, passava por instabilidade no mercado, com valores baixos para comercialização dos animais. A solução foi dinamizar e aproveitar o espaço da fazenda, localizada na cidade de Grão Mogol. Ele passou a plantar milho e feijão, criar suínos e galinhas, produzir hortaliças e, o principal, iniciou na apicultura.
“Estamos buscando obter uma outra fonte de renda para contribuir com a quitação dos gastos gerados na propriedade. Os conhecimentos técnicos e administrativos, a gestão dos gastos e lucros com cada atividade exercida, ajudam a administrar melhor o negócio”, destaca.
Com o trabalho em campo junto ao ATeG, Charles Fabiano passou a criar pastos apícolas e identificar floradas para rentabilizar a produção de mel. Com 27 colmeias, ele saiu de uma produção praticamente zerada para 15 kg por colmeia. “A parte gerencial ajudou muito, porque mudou a mentalidade, passou a ver a fazenda como um verdadeiro negócio, aproveitando o potencial da propriedade”, reafirma o técnico de campo responsável pelo ATeG na região, Marcelo Marcos.
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