Uma blitz educativa realizada na tarde de terça-feira (15) marcou a retomada do programa de educação ambiental contra a dengue, desenvolvido pelo Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Ambiental do Norte de Minas (Codanorte), em parceria com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa).
Ao todo, 18 municípios da região serão contemplados com as atividades presenciais e virtuais que incluem workshops, fóruns, minicursos, palestras, webnários e oficinas de artesanato. O programa tem como tema: “Mosquito vilão, aqui não”, e o lema: “Palmas para quem sabe combater”. Ele foi criado em 2017, mas teve que ser suspenso devido a pandemia do novo coronavírus.
O presidente do Codanorte, Eduardo Rabelo, comenta que o momento é de cautela, visto que com as fortes chuvas na região, o mosquito tenha mais facilidade de proliferar. O objetivo da ação, segundo Eduardo, é discutir e refletir sobre os cuidados com o foco do Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.
“O objetivo é levarmos à população os conhecimentos, os cuidados que devemos ter, e redobrar, principalmente se tratando de saúde, em um momento tão crítico que estamos vivendo. Então, fazemos o alerta para toda a população, que redobre os cuidados, para ficarmos atentos e juntos sairmos fortes e traçarmos metas para que juntos não deixarmos esse mosquito maldito atrapalhar nossas vidas”, disse.
Como explica a coordenadora de projetos do Codanorte, Soraya Ottoni, a escolha dos municípios leva em consideração o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) entre os anos de 2017 e 2018, início do programa.
“A partir do dia 10 de março, nós vamos percorrer 18 municípios eleitos por meio do índice de infestação dos casos de dengue, zika e chikungunya. E um mosquito vilão como esse, a gente não pode deixar nos nossos quintais. Nós vamos fazer cerca de sete a oito eventos durante dois dias em cada município. Nós vamos capacitar, mobilizar, e sensibilizar a população que não está fazendo a sua parte em relação aos quintais. A gente vai fazer seminários, fóruns de integração, empoderamento desse agente comunitário e de endemias que está tão severamente colocado para fora por conta da Covid-19 e outros medos que a gente tem. Vamos fazer essa sensibilização para que a população possa de fato efetivar ações como essa”, comentou Soraya.
A expectativa, segundo o educador ambiental da Funasa, Roberto Carlos da Silva, é que esses indicadores sofram redução a partir dessa mobilização conjunta.
“Esse projeto é de fundamental importância para o Norte de Minas tendo em vista a abrangência desse convênio nesse enfrentamento dessa epidemia de dengue. O Codanorte é um dos pioneiros nessa atividade de desenvolver ações nos 18 municípios. Para se ter uma ideia, este é o único convênio que desenvolve essas ações em vários municípios. Na maioria das vezes, a Funasa fazia esse convênio diretamente com um município só. Então, com pouco recursos, nós vamos ter essa amplitude nas atividades que vão beneficiar todos esses municípios no enfrentamento da dengue e outras doenças. O Codanorte é um grande parceiro, que possui uma equipe técnica capacitada. Com certeza vai servir de exemplo para outras regiões do Brasil onde a Funasa pretender implantar essas ações”, destaca Silva.
Como foi ressaltado pelo educador da Funasa, a economia de recursos por parte do governo federal com o modelo de atendimento que abrange vários municípios da região, além de se eficiente na questão ambiental, também representa economia para os cofres públicos. É o que explica o presidente Eduardo Rabelo.
“São 18 municípios que tem uma população estimada em mais de 700 mil habitantes. O repasse tem um valor global de apenas R$ 424.091,12. Se cada município tivesse que contratar sua própria equipe multidisciplinar para promover todos os eventos educacionais que serão realizados em cada cidade, incluindo a aquisição de todos os materiais didáticos e de apoio nas ações previstas, o valor global do investimento que a Funasa teria que fazer ultrapassaria a marca de R$ 1,8 milhão, em média”, avaliou Eduardo.
Para finalizar, o educador da Funasa fez um pedido para os prefeitos e gestores que participem ativamente da programação, uma vez que o resultado final depende do empenho de cada um.
“Gostaria de conclamar todas as cidades que serão beneficiadas com esse convênio, para que possam participar intensamente. É um projeto de suma importância, sabemos que o índice de infestação nesses locais é muito alto e o Codanorte junto com a Funasa está aí para assessorar, para ampliar e fomentar esse trabalho com vocês. Mas vocês que são os munícipes, então, precisam entender que cabem a todas as partes envolvidas desenvolverem o trabalho da melhor maneira possível para que esse índices possam cair. Nesse sentido, precisamos do empenho de todos”, concluiu Silva. (GA)
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