GIRLENO ALENCAR
O presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Braga de Andrade, aponta como positivo para o país a renegociação de dívidas de empresários com os Fundos Constitucionais do Norte (FNO), do Nordeste (FNE) e do Centro-Oeste (FCO). Afirma que eles acumulam mais de R$ 9,1 bilhões em débitos, abrangendo mais de 300 mil pessoas físicas e jurídicas. “Há 30 anos isso vinha sendo reivindicado. Agora foi aprovado pelo Congresso Nacional e precisa ser regulamentado”, afirmou durante o evento “Indústria em Debate: Propostas para o Brasil vencer a crise e voltar a crescer”, promovido pelos jornais O Globo e Valor Econômico, em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
A participação da iniciativa privada em grandes projetos de infraestrutura, especialmente nos setores de saneamento e de iluminação pública, pode ser uma grande oportunidade para que o País volte a crescer. A avaliação é do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, feita nesta segunda-feira (31) durante o evento. “O Brasil é um país de oportunidades. A necessidade de infraestrutura é uma oportunidade para investimentos e de negócios”, apontou.
Rogério Marinho lembrou ainda das mudanças que ocorreram devido ao novo Marco Legal do Saneamento Básico, em vigência desde julho de 2020, que permitiram uma maior atração de investimentos e possibilitaram mais qualidade de vida, empregos e renda para a população. Ele lembrou que quase R$ 70 bilhões já foram captados em concessões e parcerias público-privadas em menos de um ano da nova legislação.
“Não é por acaso. Essas mudanças permitiram que tivéssemos segurança jurídica, previsibilidade e confiança para que o investidor privado veja que é possível e necessário investir em um país que tem tantas oportunidades como o nosso”, destacou. “É por isso que precisamos fortalecer indústria nacional – com inovação, sustentabilidade ambiental e, sobretudo, gerando empregos qualificados para os brasileiros”, completou o ministro.
Os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, também participaram do encontro. Eles ressaltaram que a retomada do crescimento passa pela vacinação da população contra a Covid-19. “Sem ela, não há normalidade”, defendeu Lira. Pacheco destacou ainda ser necessário um planejamento envolvendo diversos setores para que o País possa reduzir o número de desempregados. “Precisamos de um ambiente de crescimento sustentável que envolva investimento em educação e Ciência e Tecnologia, além da preservação do meio ambiente”, disse. Também presente ao encontro, o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, alertou que é necessário avançar nas reformas para que o crescimento seja sustentável. “A economia ainda está vulnerável e devemos construir um ambiente fértil e propício para elas”, avaliou. “O desafio é voltar a crescer de forma sustentável, com uma expansão de investimentos”, completou.
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