VINÍCIOS SANTOS
Neste mês de novembro comemora-se o Mês do Cinema Nacional. É importante ressaltar, que, embora não seja tratado com o devido valor, e em muitas ocasiões sofra com a falta de recursos e, consequentemente, com pouco público, o cinema brasileiro é um dos melhores e mais importantes do mundo, com trabalhos memoráveis.
Nesta data tão significativa, nossa equipe entrevistou a escritora, diretora e roteirista, Andrea Martins, que falou um pouco sobre esta arte. “A minha experiência com o cinema é mais forte como cinéfila, mesmo. Eu me considero mais cinéfila que cineasta, pois gosto muito de assistir a filmes. Mas, sim, tenho alguns trabalhos, principalmente na área de roteiro. Eu já ganhei dois prêmios, quando ainda residia em Belo Horizonte: um deles pela TV Minas, chamado ‘Reunião de Família’; e o outro pela Associação Curta Minas, chamado ‘Todos os dias são iguais’, que foi um roteiro para cinema mesmo, filmado em 35 mm (coisa que hoje praticamente não se faz mais). Este resultou em curta. Além desses, eu tenho roteiros adaptados, que ainda não filmei; e tenho também o roteiro que foi baseado no conto do Luís Fernando Veríssimo, ‘Encontro’. Este último eu consegui produzir e também fui diretora”, conta.
Andrea relata que os seus primeiros roteiros são do final da década de 90 e início dos anos 2000. Durante a nossa entrevista, ela também falou sobre a questão de uma maior preferência do público por filmes mais comerciais. “Essa questão de público é compreensível e, ao mesmo tempo, delicada e triste. O público brasileiro, de maneira geral, tanto para literatura, quanto para música e cinema, é um público voltado mais para o entretenimento, mais para a cultura de massa; porém, dentro deste cenário do cinema, existem essas produções voltadas para o entretenimento e as produções que são chamadas de independentes, mais voltados para a arte, mais bem elaborados”, disse e acrescentou: “o cinema nacional é muito forte nessa modalidade mais alternativa, em filmes que trabalham mais a estética, questões sociais só que, lamentavelmente, não é o que atrai o público. Então há essa maior procura por filmes, em sua maioria, americanos, e filmes nacionais da comédia. Para reverter isso, só com um trabalho que demanda muito tempo, passaria pela educação e pela formação. É um trabalho que os cineclubes, por exemplo, procuram fazer: criar um novo público para o cinema”.
Martins finaliza enaltecendo as produções nacionais. “O cinema tem uma importância fundamental para a formação do senso crítico. Considero uma ferramenta fundamental, principalmente se ela for bem usada nas escolas. Seria muito importante que isso já começasse a ser usada nas gerações mais jovens, para que tivéssemos este novo público em futuro próximo”.
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