GIRLENO ALENCAR
As chuvas que ocorreram na manhã de sábado em Montes Claros, aliado a atuação dos opositores ao presidente Jair Bolsonaro – que tentaram aproveitar do evento – acabaram prejudicando o “Dia da Consciência Negra” em Montes Claros. O ato começou na Praça Doutor Carlos, a mais central da cidade, e terminou na Praça da Matriz, onde surgiu a cidade. O presidente da Coordenadoria Municipal de Direitos da Igualdade Racial, José Gomes, alega que teve de suspender a realização da marcha, por causa da chuva que engrossou; por isso, em vez de fazer a caminhada pelas ruas da cidade, os participantes se deslocaram para o Largo Georgino Junior, na Praça da Matriz, onde ocorreram os discursos de alerta contra o racismo.
O professor aposentado Joadis Lopes é de Cocos, na Bahia, e veio morar em Montes Claros, acompanhando a filha que faz o curso de Direito; ele é simpatizante da cultura de matriz africana, mas especificamente do Candomblé, e lamenta ainda que existam tantos preconceitos contra a raça negra. Ele lembra que a questão das cotas para negros, geradora de tanta polêmica na atualidade, surgiu com Dom Pedro II, que na época sofreu pressão, quando decidiu pagar os estudos de alunos negros. A pressão foi tanta que ele passou a custear essa despesa do próprio bolso, pois o Governo foi impedido. Na atualidade, Joadis cobra mais políticas de igualdade racial, pois afirma que independente da cor da pele, todo mundo tem uma só origem, que é Deus. Ele fez questão de participar do ato público.
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