O senador Carlos Viana (PSD), vice-líder do Governo Federal, enfatizou na manhã de ontem, a importância de 400 cidades mineiras terem a oportunidade de tratar corretamente o lixo, gerar renda, emprego e energia com o fim dos lixões. Serão R$ 100 milhões investidos na qualidade de vida e preservação do meio ambiente. O dinheiro usado é da multa da empresa Vale pela tragédia em Brumadinho.
“A pedido nosso, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, participou recentemente do lançamento do edital de chamada pública para seleção de projetos para melhorar a gestão de resíduos sólidos em Minas. A iniciativa faz parte do programa Lixão Zero, do Ministério do Meio Ambiente, que tem objetivo de eliminar lixões e apoiar municípios em soluções sobre a destinação de resíduos sólidos. Além disso, estamos preservando as nascentes dos nossos rios e logicamente preservando o meio ambiente”, explica o senador.
Com a expansão do Programa, os municípios poderão fazer consórcios e assim coletar e destinar de forma correta os resíduos sólidos, por meio da reciclagem e recuperação de materiais.
“Sabemos que isso significa não só redução de danos ao meio ambiente como também mais saúde à população, já que a disposição inadequada de resíduos acarreta uma série de problemas. Vem em uma ótima hora, pois também significa movimentação econômica e geração de empregos. Tudo isso contribui de forma muito expressiva para o nosso estado que enfrenta tantas dificuldades”, afirmou.
As cidades terão um melhor serviço de tratamento de água, esgoto, e resíduos adequados. “Sabemos que temos ainda muitos lixões, mas a evolução tem sido constante e até 2024, como diz a legislação, não teremos mais lixões”, disse.
A importância do Codanorte
A ampliação do Programa Lixão Zero em Minas Gerais teve iniciativa após o senador Carlos Viana apresentar ao Ministério do Meio Ambiente o trabalho do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Ambiental Sustentável do Norte de Minas (Codanorte). O Consórcio desenvolve o Projeto “Norte de Minas Sem Lixão”, onde vários municípios se utilizam de Usinas de Triagem e Compostagem (UTC) para manusear de forma correta o lixo e fazer o tratamento adequado.
“O trabalho do Codanorte que levamos ao ministro Ricardo Salles fez com que fosse viável a expansão destas ações de manejo correto dos resíduos sólidos para outras cidades de Minas”, ressaltou o senador Carlos Viana. A expertise do trabalho do Consórcio foi apresentado ao ministro no segundo semestre do ano passado.
Na oportunidade, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, esteve no Norte de Minas, para inaugurar uma UTC e disse que combater os lixões era uma prioridade do Governo Federal. “Ao investir no combate aos lixões estamos trabalhando para o desenvolvimento do Brasil. Atualmente, o Brasil tem 100 milhões de pessoas não têm coleta e tratamento de esgoto; 35 milhões de brasileiros não têm sequer água encanada em casa e mais de 3 mil municípios no Brasil têm graves problemas de gestão dos resíduos sólidos, que nós, popularmente, chamamos de lixões. Vamos mudar essa história”, disse Salles.
Números
Dados da Secretaria de Estado de Meio Ambiente apontam que Minas tem, hoje, 406 municípios (33% da população) que integram um ou mais consórcios públicos intermunicipais que atuam na gestão de resíduos sólidos
De 2019 para 2020, houve aumento de 36 municípios que regularizaram a destinação de seus resíduos sólidos. Os aterros regularizados e compartilhados estão nas regiões Sul (Alfenas, Andradas, Itajubá e Nepomuceno), Triângulo Mineiro (Uberaba), Norte (Montes Claros), Central (Betim, Conselheiro Lafaiete e Sabará), Zona da Mata (Juiz de Fora e Leopoldina) e Leste (Santana do Paraíso). Eles recebem 7,6 toneladas de resíduos/dia. (GIOVANNI RIBEIRO – Colaborador)
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