O deputado Carlos Pimenta, do PDT, se queixou da atuação da estatal Cemig, pois entende que ela precisa se modernizar para ser mais ágil e eficaz antes de ser privatizada, sob risco de perder bilhões nesse processo. O deputado fez esse posicionamento durante a reunião da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) com o secretário adjunto da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (SEDE), Fernando Passalio de Avelar. O deputado se referiu à empresa como “enferrujada e presa a um modelo dos anos 1960, focado em hidrelétricas” e a Cemig seria o primeiro obstáculo à implementação de projetos de geração de energia limpa, vindo à sequência a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Semad), que segundo Carlos Pimenta “demora anos para liberar projetos”.
Como também foi discutida a situação do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais, o deputado Carlos Pimenta (PDT) considerou que o banco “ainda é uma ‘caixa preta’ inexplorável” e defendeu que ele esteja mais disponível aos empreendedores. O secretário Passalio concordou com muitas colocações e ressaltou que a Cemig realmente precisa se modernizar. “Mas o caminho para isso acontecer é com uma privatização bem-feita”, disse o secretário.
Fernando de Avelar argumentou que o Estado, como acionista majoritário da Cemig, não possui recursos para investir na modernização da empresa, e que a solução seria mesmo sua privatização. Carlos Pimenta rebateu, dizendo que ainda faltaria muito para ser convencido pelo governo sobre a privatização da Cemig nesse cenário. Por outro lado, o secretário frisou que até 2022 está prevista a implantação de mais 80 subestações da Cemig, das quais um terço aproximadamente vai contemplar as regiões Norte e Nordeste de Minas, as mais reclamadas pelos deputados.
Sobre as referências ao BDMG e à Semad, Fernando de Avelar destacou que há grande empenho dos titulares de ambos os órgãos visando a “construir uma nova história”, tornando as linhas de crédito do banco mais acessíveis e dando mais agilidade aos processos da secretaria, unindo responsabilidade ambiental com desenvolvimento socioeconômico. Ele concordou, ainda, que é preciso lutar pelos recursos da Sudene para municípios mineiros, outra cobrança feita por Carlos Pimenta para o desenvolvimento do Norte de Minas. (GA)
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