O dia 21 de setembro é o início da Primavera e o Dia da Árvore, e as datas merecem atenção em um momento de intensa estiagem, em todo o Estado de Minas. Devido à seca, os meses de agosto, setembro e outubro concentram cerca de 77% do total de focos de incêndio no ano. Mas, graças a um projeto inovador, este quadro é diferente na Serra do Espinhaço. Com a ajuda dos moradores das próprias comunidades, a empresa Norflor conseguiu reduzir em até 84% o número de focos de incêndios na região, protegendo importantes espécies da flora e fauna, inclusive espécies endêmicas e ameaçadas de extinção, no Norte de Minas.
Segundo o Corpo de Bombeiros, em todo o Estado de Minas, foram 4.330 ocorrências em julho e 5.227 em agosto. O mês de setembro começou com mais de 700 ocorrências desses incêndios registradas só no período entre quatro e sete deste mês. E novos focos surgem a cada dia; porém, na contra-mão do que acontece nas outras regiões de Minas, encontramos um case de sucesso na prevenção de incêndios, bem no coração do Norte de Minas.
“A ‘Brigada Comunitária’ nasceu com o propósito de conscientização das comunidades rurais quanto às práticas mais seguras e produtivas de preparação do solo para plantio, evitando o uso do fogo, e às formas eficientes de combater incêndios florestais”, conta Fernanda Gusmão, Supervisora de Responsabilidade Social.
A iniciativa tem a parceria do Corpo de Bombeiros, Emater, Polícia Militar de Meio Ambiente, Sindicatos, IEF e Universidades, na formação de agentes ambientais (brigadistas). Os agentes apreendem técnicas de combate, malefícios do fogo e principalmente, técnicas de cultivo sem o uso do fogo. “Em 2021, a Brigada comemora 5 anos com a redução de 84% no número de focos de incêndios na região. Neste período, não houve incêndios na área de influência da empresa, uma área de 34 mil hectares”, destaca Adauta Braga – Diretora de Sustentabilidade.
“O Programa Brigada Comunitária aliada a outras estratégias, como vídeomonitoramento com câmeras para detecção de focos de incêndio, arquitetura de estradas e aceiros, fiscalização e patrulhamento de uma Brigada interna”, afirma Adailton Ferreira, Especialista de Meio Ambiente.
Ele observa que “ao longo dos anos de atuação, apenas uma boa gestão nas áreas provadas não seria suficiente para sanar o problema do fogo, pois grande parte dos focos partia de locais no entorno do empreendimento”. O programa já capacitou mais de 250 pessoas.
“A Brigada Comunitária ajuda a evitar impactos negativos no meio ambiente, como a emissão de gases do efeito estufa na atmosfera e a degradação da fauna, flora, solo e cursos d’água em uma região de grande importância biológica, às margens da Serra do Espinhaço, onde há diversidade de espécies, algumas delas em risco de extinção ou endêmicas da região”; alerta Fabiano Lago – Diretor operacional.
A Brigada Comunitária é um projeto inovador que reúne diferentes atores com diferentes abordagens em prol do mesmo objetivo. “Os agentes recebem vários incentivos da empresa para se engajarem no projeto, como camisetas, botas e auxílio alimentação”, explica José Dilson, extensionista da Emater.
O resultado alcançado é a prova de que é possível prevenir e acabar com os incêndios. “Esse projeto é de grande importância para o IEF, pois as áreas de preservação, junto com as áreas dos vizinhos, formam um importante corredor ecológico até o parque Grão Mogol”, afirma Débora Mendes Guedes, Gerente do Parque Grão Mogol.
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