CAMPEONATO BRASILEIRO | Os sete erros decisivos do Atlético para o fim melancólico no Brasileiro - Rede Gazeta de Comunicação

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CAMPEONATO BRASILEIRO | Os sete erros decisivos do Atlético para o fim melancólico no Brasileiro

De problemas dentro de campo ao silêncio fora deles: No Ataque lista pontos que levaram o Galo a brigar contra o rebaixamento na última rodada

O Atlético chega à reta final da temporada em puro estado de lamentação. Vice na Copa do Brasil e na Copa Libertadores e com campanha significativamente abaixo das expectativas na Série A do Campeonato Brasileiro, o time alvinegro decepcionou seus torcedores jogo após jogo no fim do ano. A seguir, o No Ataque lista sete erros decisivos do Galo para o fim melancólico na principal competição nacional.

1- Elenco desequilibrado

Possivelmente, o fator mais relevante para a péssima campanha do Atlético no Campeonato Brasileiro. No primeiro semestre, em virtude de desfalques por lesões, suspensões e convocações, a equipe alvinegra sofreu em diversos compromissos em que teve que acionar os considerados reservas – na maioria dos casos, jogadores de níveis técnicos consideravelmente inferiores aos titulares. Já na segunda metade do ano, a priorização dos mata-matas na medida em que o time então comandado por Gabriel Milito avançava fases foi decisiva negativamente no Brasileirão. Novamente com reservas, o Galo perdeu muitos pontos na competição mais importante do país.

2- Mau rendimento do sistema defensivo

Falhas de compactação entre as linhas, descoordenação nos encaixes individuais propostos por Milito e ruídos na proteção da entrada da área foram alguns dos problemas crônicos apresentados pela equipe mineira ao longo da temporada. Os números no Campeonato Brasileiro são reflexo claro: o Atlético sofreu 54 gols em 37 jogos – a pior marca do clube desde a edição de 2011. A variação de peças também contribuiu negativamente neste sentido, já que, com frequentes variações nas escalações, os desafios de comunicação entre atletas também se fizeram perceptíveis durante boa parte das partidas. As discussões entre jogadores para executar as propostas defensivas corretamente foram cenas comumente observadas ao longo de 2024.

3- Irregularidades individuais

O mau funcionamento coletivo na maior parte da temporada, é claro, está diretamente relacionado aos desempenhos individuais. Referências do Galo viveram momentos de oscilação em diferentes alturas do ano e acabaram por potencializar negativamente o conjunto. Foram os casos, por exemplo, do lateral-esquerdo Guilherme Arana e dos meio-campistas Otávio e Gustavo Scarpa. Esses nomes e outros atravessaram períodos de queda técnica, distantes de seus melhores níveis dentro das quatro linhas.

4- Fraqueza no “fator casa”

Historicamente forte como mandante, o Atlético demonstrou o oposto dessa tradição neste Campeonato Brasileiro. O Galo de Milito venceu apenas seis dos 18 jogos disputados em seus domínios, somando sete empates e cinco derrotas – aproveitamento de 46,3%. Antes da realização da última rodada da Série A, a campanha alvinegra como mandante só supera a de três times: Criciúma, Atlético-GO e Cuiabá – todos integrantes da zona de rebaixamento. Mesmo com apoio da torcida e média de público superior a 30 mil pessoas, o Galo não deu resposta positiva em Belo Horizonte.

5- Desempenho contra times da parte de baixo da tabela

As equipes que brigaram contra o rebaixamento foram verdadeira “pedra no sapato” do Atlético em 2024. A equipe alvinegra somou: um ponto contra o Atlético-GO, quatro contra o Cuiabá, um contra o Criciúma, seis contra o RB Bragantino, um contra o Fluminense e, até então, nenhum diante do Athletico-PR. Já diante do Juventude, adversário que aparece logo acima na tabela de classificação, o Galo conquistou um ponto. O baixo nível de atuação contra oponentes em tese inferiores é, mais uma vez, tema frequentemente debatido entre atleticanos nas redes sociais. Se tivesse apresentado performance superior contra times de pretensões modestas, o Atlético certamente viveria realidade completamente diferente no Campeonato Brasileiro.

6- Outubro e novembro “desligados”

O Atlético deu início ao mês de outubro classificado às semifinais da Copa do Brasil e da Copa Libertadores. O cenário fez com que comissão técnica, elenco e diretoria concentrassem todas as atenções no mata-mata, adotando postura de certa maneira “desleixada” no Brasileirão. Foram 10 partidas disputadas nesses dois meses, com cinco empates, três derrotas e apenas um triunfo. O desempenho foi tão abaixo que o Galo está entre os cinco piores times do returno.

7- Silêncio dos gestores

Fora de campo, os donos da SAF alvinegra pouco se manifestaram nos momentos conturbados. As principais explicações ao longo do ano ficaram a cargo dos atletas, da comissão técnica e, ocasionalmente, de Victor Bagy, ídolo do clube e atualmente no cargo de diretor de futebol. Isso pode ter gerado certo desgaste no elenco e no técnico Gabriel Milito. Não foram raras as vezes em que as partes tiveram que se manifestar a respeito de problemas extracampo, como a qualidade do gramado da Arena MRV e a falta de peças para montar um time competitivo ao longo da competição.

Desta forma, faltou aos principais gestores do clube uma maior ‘blindagem’ aos jogadores. Houve, ainda, uma demora para entender que era real a possibilidade de briga contra o rebaixamento.

(No Ataque)