Campanha alerta sobre os riscos do feminicídio - Rede Gazeta de Comunicação

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Campanha alerta sobre os riscos do feminicídio

Os riscos do feminicídio é o tema da campanha que tem o slogan “Violência contra a mulher: sua evolução leva ao feminicídio. Observe os sinais. Denuncie”. A iniciativa, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), integra as ações pelo Fim da Violência contra as Mulheres.

A campanha nacional abrange a produção de vídeos, spots para uso em rádio comunitárias e parceiras, cards educativos, enquetes interativas destinadas às redes sociais, cartazes, folders e outras peças de cunho publicitário. Os materiais também têm a proposta de estimular a cultura da denúncia. 

O Ligue 180, a Central de Atendimento à Mulher, é uma das principais ferramentas para iniciar o acionamento de toda a rede de proteção às pessoas em situação de violência.

No que se refere aos números do Ligue 180, apenas de julho do ano passado a novembro deste ano, mais de 97,4 mil denúncias de violência doméstica e familiar contra a mulher foram registradas. Outras violações somaram mais de 24,5 mil casos no período.

Fatores de risco

A secretária Nacional de Políticas para as Mulheres, Cristiane Britto, explica que, segundo o Código Penal brasileiro, o feminicídio consiste no assassinato cometido em razão do sexo feminino. Em resumo, é quando o crime envolve violência doméstica e familiar ou menosprezo e discriminação à condição de mulher.

“Lembro a todos que o feminicídio é o final do chamado ciclo da violência. Até chegar nessa situação, geralmente começa com algo considerado por muitos como simples, seja um empurrão ou agressão verbal, por exemplo. Nós mulheres precisamos estar atentas aos sinais que envolvem violência física, psicológica, moral, sexual, patrimonial e as situações de risco”, alerta a gestora.

Entre os fatores de risco para o feminicídio, estão o isolamento social, a ausência de rede de serviços de saúde e proteção social bem estruturada e integrada, a pouca consciência de direitos, histórico de violência familiar, transtornos mentais, uso abusivo de bebidas e drogas, dependência afetiva e econômica, presença de padrões de comportamento muito rígidos, exclusão do mercado de trabalho, deficiências, vulnerabilidades relacionadas a faixas etárias e escolaridade. (Agência Brasil)