Aconteceu em Montes Claros, a última reunião ordinária com temas livres deste ano e todos os vereadores usaram a tribuna para prestar contas e se despedirem dos seus mandatos. O recordista de mandatos na história de Montes Claros, Ildeu Maia, que não se candidatou a reeleição, e, sim, como candidato a vice-prefeito – não sendo bem sucedido -, disse que sai feliz e que, como vereador, ele não tentará voltar. “Fiquei nesta casa por 28 anos e certamente tudo que poderia fazer não hesitei em fazer; não posso dizer adeus à politica, e, sim, um até logo, mas como vereador eu posso afirmar que não voltarei. Fui muito feliz e continuarei dando minha contribuição como cidadão”, disse.

Outros vereadores, como Idelfonso da Saúde, também disse que gostaria de ter dado continuidade ao trabalho, mas garantiu que fez o melhor para melhorar as condições de vida da população em oito anos que ficou na Casa Legislativa.

O vereador Junior, que entrou na Câmara como suplente e ficou até o final e foi reeleito como o segundo mais votado, ultrapassando os três mil votos, disse: “eu fico feliz e ao chegar a esta Casa fui ajudado por muitos colegas. O Grande Renascença, que era uma região abandonada, hoje tem inúmeros benefícios e isso graças ao meu trabalho e à disposição e capacidade do Prefeito Humberto Souto, que não mediu esforços para ajudar o povo de Montes Claros. Fico feliz, pois sou um morador de periferia, não sou rico, e negro. Tive uma votação robusta, o que aumenta a responsabilidade e vamos trabalhar ainda mais”, disse.

Todos os outros vereadores que foram reeleitos ou não usaram a tribuna para despedir e agradecer. O vereador Ailton do Vilage, que, apesar de ser bem votado, não conseguiu se reeleger, disse que colocou o Vilage no mapa da cidade e tirou a má fama do bairro e levou muitos benefícios.

Maria Helena Lopes fez um discurso emocionado e destacou o trabalho da sua colega Néia do Criança Feliz, e a encorajou a não desistir. Maria Helena citou o seu próprio exemplo, de ter perdido no passado três eleições, e agora acabou ganhando a segunda conectiva. 

Por fim, disse o vereador mais votado, Rodrigo Cadeirante, que, pelo fato da sua votação ser a maior, isso só aumenta a responsabilidade e fez um apelo aos novos Legisladores, que, ao chegar à Câmara, “venham com um espirito coletivo, pois caso contrário terão em mim um chato e um cobrador. Temos que olhar para o povo”, finalizou.

A Câmara Municipal de Montes Claros volta a se reunir no dia primeiro de janeiro para posse e escolha da nova Mesa Diretora para o próximo biênio.

VALDEMAR SOARES