Cachaça busca novos mercados internacionais - Rede Gazeta de Comunicação
Cachaça busca novos mercados internacionais

Os produtores de cachaça esta buscando novos mercados internacionais para comercialização da sua produção. O assunto foi discutido no Seminário Mineiro da Cachaça – Políticas Públicas de Promoção da Cachaça Mineira no Mercado Internacional que reuniu durante dois dias, em Belo Horizonte, produtores, técnicos e instituições representativas do setor para discutir a inserção da tradicional bebida no mercado externo, além de debater a valorização da produção mineira.

O evento foi promovido pelo Governo de Minas, por meio das secretarias de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e de Desenvolvimento Econômico (Sede), em parceria com o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e diversas entidades representativas do setor. Durante o seminário, foram entregues certificados do Programa Certifica Minas Cachaça aos produtores da cachaça Salinas e da cachaça Tiê. Emitidos pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), os certificados garantem que os critérios sociais, ambientais e técnicos da produção foram atendidos.

Em 2021, as exportações brasileiras de cachaça somaram US$ 13,1 milhões. Minas Gerais participou com 8% e foi o 5° maior estado brasileiro exportador deste produto. Segundo a Diretora de Comercialização e Mercados da Seapa, Jaqueline de Fátima Santos, a cachaça mineira é de extrema qualidade e a programação buscou preparar o produtor para que ele consiga de fato colocar seu produto, no mercado internacional.

“Tivemos como destaque a palestra com o passo a passo para a exportação, a apresentação da Receita Federal com orientações sobre a classificação do produto para ser exportado, além da participação das câmaras da Itália, Portugal e dos Estados Unidos e da Embaixada do Paraguai, apresentando a demanda de seus países para os nossos produtores”, afirma a diretora da Seapa.

O produtor Gilberto Pereira apresentou o case de sucesso da Cachaça Sagrada, criada em 2016 e com a chegada da produção no mercado no ano seguinte. “No mundo da cachaça isso é muito recente, existem marcas renomadas e centenárias, mas nosso projeto sempre foi ter um produto de qualidade voltado para a exportação. Neste ano, concluímos a primeira exportação e estamos em mais duas negociações com países diferentes para realizar os embarques em janeiro próximo. Este seminário é muito importante para o produtor que pretende explorar o mercado externo como forma de diversificar o faturamento e mesmo fazer o nome de um produto que é genuinamente brasileiro”, avalia.

Para o subsecretário de Política e Economia Agropecuária da Seapa, João Ricardo Albanez, o evento reuniu palestrantes de alto nível, com a participação ativa dos produtores. “O seminário cumpriu o objetivo de preparar os produtores para atingir mercados diferenciados. Neste contexto, alguns países compradores já se destacam como Portugal, Itália, Paraguai e os Estados Unidos, mas nós queremos ampliar, fazendo com que, a partir deste seminário, os produtores possam visualizar outros mercados e apresentar seus produtos”.

O diretor de Promoção de Exportações da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Marcello Faria, destacou a importância do evento na construção da política ideal para a geração de emprego e renda no estado. “A desburocratização e o segmento das exportações são dois pilares fundamentais para a geração de emprego e renda. Quando nós conseguimos juntar, aqui neste evento, o aspecto desburocratizador ao fornecer ao público uma perspectiva de programas e de iniciativas que podem ajudar as empresas por si mesmas a alcançar o cenário dos mercados internacionais e quando a exportação é o nosso fim, então, a gente tem o tipo de política ideal”, afirma.

“A importância deste seminário é trazer debates e discussões importantes sobre como inserir micros e pequenos produtores de cachaça de Minas no mercado internacional, de maneira segura”, avalia o Diretor Executivo do Instituto Brasileiro de Cachaça (Ibrac), Carlos Lima. (GA)

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