VINÍCIOS SANTOS
A gente sabe que exagera de vez em quando, adoçando mais que o necessário o quê vamos comer; além disso, muitas vezes estamos consumindo muito açúcar sem nem nos dar conta. Isso porque ele está presente numa grande maioria dos produtos alimentícios industrializados. Dados divulgados recentemente mostram que o brasileiro consome, em média, 18 colheres de chá de açúcar por dia, o quê representa mais ou menos 80 gramas. No entanto, a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é de no máximo 50 gramas. Especialistas afirmam que comer entre dois e três produtos industrializados já pode levar a pessoa a ultrapassar a média diária recomenda.
Além da questão do consumo do próprio açúcar, há também o exagero de consumo do grupo alimentício ao qual ele pertence: os carboidratos. O médico endocrinologista – Bruno Sander – explica: “nós temos o arroz, macarrão, pão, biscoitos, bolachas, e até alguns líquidos, como por exemplo, cerveja, refrigerante, tudo isso tem um alto índice de carboidrato e são os grandes vilões na perda de peso”.
Os açúcares – se dentro de uma dieta equilibrada – são de extrema importância, pois são os responsáveis por nos dar energia. Sendo assim, é de fato a ingestão exagerada que faz destes alimentos um problema. Entre as consequências do estilo de vida não saudável, está o alto índice de obesidade na população, assim como outros problemas, cáries, diabetes e hipertensão.
Estudiosos comprovam que a vontade de se comer sempre mais e mais açúcar também vem por conta dos efeitos dele no corpo. As papilas gustativas enviam ao cérebro um aviso de que estamos comendo açúcar e o corpo, por sua vez, produz os hormônios da felicidade. Essa sensação é evolutiva, mas neste atual momento, pode-se tratar de um vício.
“O açúcar vicia mesmo. O paladar se acostuma àqueles sabores e existem estudos científicos demonstrando isso. Este vício pode inclusive levar à compulsão. É aquela pessoa que abre uma caixa de bombons, por exemplo, e não consegue se controlar, vai comendo um após o outro, até acabarem. Para competir com os efeitos do açúcar no cérebro, uma boa alternativa é dar a si mesmo outros tipos de bem-estar, como atividade física, bom sono e alimentação saudável”, acrescenta o médico.
“O ideal é que nos extremos do dia consumíssemos menos carboidratos. Ovos, queijo, café e leite no café da manhã, por exemplo, na substituição do pãozinho diário. No jantar, o recomendado são as proteínas, uma carne, frango, peixes e verduras. Seriam refeições mais balanceadas neste sentido, com menos carboidratos e mais proteínas”, finaliza.
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