Nos próximos três anos, a frota aeroagrícola brasileira pode passar dos 3 mil aviões e helicópteros operando em lavouras. A projeção é do diretor operacional do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), Cláudio Júnior Oliveira. O índice representa uma perspectiva de crescimento de quase 10% no período, que é considerada boa pelo setor.
O levantamento de Oliveira foi apresentado em agosto, durante o Congresso da Aviação Agrícola do Brasil (Congresso AvAg) 2024, ocorrido em Mato Grosso – no Aeroporto de Santo Antônio de Leverger. A frota nacional já é a segunda maior do mundo, com 2,7 mil aeronaves. Atrás apenas dos Estados Unidos, que tem 3,6 mil aeronaves operando em suas lavouras.
Na projeção para 2027, Oliveira (que é economista) levou em conta a demanda por aeronaves para manter o crescimento de produtividade nas principais culturas do agro – soja, milho, cana-de-açúcar, algodão, florestas e outras. O estudo também levantou os cenários e perspectivas em cada uma das cinco regiões do País. Avaliando desde a busca de tecnologia pelos produtores até a capacidade de produção das fábricas de aviões agrícolas – no caso, a brasileira Embraer e as norte-americanas Air Tractor e Thrush (que estão presentes no Congresso AvAg).
50 mil hectares por avião
Outro dado do estudo é a projeção de trabalhos em lavouras pelo setor. Isso considerando que cada aeronave agrícola completa anualmente 50 mil hectares de aplicações. Nesse contexto, se passaria de 135,9 milhões para 150,5 milhões de hectares em trabalhos aeroagrícolas. Isso considerando todas as etapas no trato de lavouras – semeadura, adubação, aplicação de defensivos químicos ou biológicos, maturadores e outros.
Entre os desafios do setor, está a formação de pilotos agrícolas. Segundo a Anac, o País tem hoje 2.193 profissionais com licença de piloto agrícola de avião e 21 para helicóptero. Além disso, o segmento tem uma necessidade constante de engenheiros agrônomos e técnicos agrícolas com especialização – profissionais encarregados, respectivamente, da coordenação e apoio em solo das operações em campo.
Isso ao mesmo tempo em que mais da metade das faculdades de agronomia existentes no País ainda não contam com disciplinas específicas sobre tecnologias aeroagrícola. Daí o esforço do Sindag em estimular tanto a maior abertura para o setor nos currículos, quanto a pesquisa acadêmica sobre as aplicações aéreas.
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