Segundo a YouGov, quatro em cada 10 brasileiros afirmam ter interesse em saúde e medicina, número que excede a porcentagem registrada globalmente
No dia 7 de abril, que marca o Dia Mundial da Saúde, o Brasil se destacou internacionalmente por sua relação com os cigarros. De acordo com a YouGov Global Profiles, o país está entre os mercados onde mais pessoas afirmam nunca ter fumado na vida: 65,1% da população do Brasil disse nunca ter fumado um cigarro (dados de 19 de janeiro). Essa é a 11ª maior porcentagem entre os 48 mercados analisados pela plataforma, atrás apenas de países como Marrocos, Índia e China.
Essa aversão ao fumo pode ser resultado do maior interesse dos brasileiros pela saúde em geral, em comparação com o consumidor global. Ainda nos dados da Global Profiles, 40,4% dos entrevistados no Brasil afirmam que saúde e medicina são um de seus interesses gerais (ou seja, eles parariam, por exemplo, para ler um artigo sobre esse tema em uma revista). A porcentagem é estatisticamente maior do que os 34,1% registrados para todos os consumidores analisados pela plataforma internacionalmente.
Alguns brasileiros também têm uma ideia muito clara de quanta atenção e esforço dedicam ao seu bem-estar físico, mesmo que não esteja no nível ideal. De acordo com os dados da YouGov Profiles, em 24 de março, 52,5% dos consumidores disseram que não cuidam de sua saúde tanto quanto deveriam. A porcentagem é estatisticamente maior entre as mulheres e os adultos entre 45 e 54 anos, sugerindo que esses grupos de brasileiros são os que menos se preocupam em garantir seu bem-estar.
No caso das mulheres, entretanto, o fato de elas pensarem estatisticamente com mais frequência que não cuidam suficientemente de sua saúde pode ser resultado dos altos padrões que elas estabelecem para si mesmas. De acordo com os dados da Profiles, as mulheres brasileiras também são mais propensas do que os homens a dizer que aspiram ser saudáveis e estar em forma (62,3% vs. 59%, respectivamente) e a dizer que fazem o possível para promover um estilo de vida saudável (63,1% vs. 59,2%).
E não são apenas as mulheres brasileiras que são julgadas com mais severidade em relação ao quanto cuidam (ou não) de sua saúde. Esse fenômeno também parece existir com base no fato de os consumidores terem uma doença ou condição. De acordo com a Profiles, 49,6% da população adulta no Brasil relata ter uma condição médica diagnosticada. Entre as mais comuns estão pressão alta (13%), depressão (10%), colesterol alto (9%), asma (7,3%) e diabetes (5,9%).
Os 50,4% restantes da população pesquisada afirmaram não ter nenhuma doença diagnosticada ou se recusaram a responder. Entre os que afirmaram sofrer de uma condição detectada por um médico, 55,4% deles dizem que não cuidam de sua saúde tanto quanto deveriam. A porcentagem também é estatisticamente maior do que os 52,5% registrados nacionalmente. Isso pode sugerir que os brasileiros doentes, justamente por terem uma doença diagnosticada, acreditam que não cuidaram bem de sua saúde.
Mas, ao mesmo tempo, também é estatisticamente mais provável, em comparação com a porcentagem nacional, que esses brasileiros doentes neguem que não cuidam suficientemente de sua saúde (26% vs. 25,2%, respectivamente). Os dados acima parecem pintar um quadro em que uma boa parte dos brasileiros está se esforçando muito quando se trata de cuidar de seu bem-estar físico, enquanto uma pequena parte sabe que está dando o melhor de si, mesmo apesar de suas doenças.
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