GIRLENO ALENCAR
A Universidade Estadual de Montes Claros esclarece que a excepcionalidade momentânea de atraso no pagamento da bolsa dos estagiários da instituição, referente ao mês de dezembro de 2021, é em decorrente do processo de migração das contas bancárias do Banco do Brasil para o Banco Itaú, que são utilizadas para o pagamento de pessoal do setor público em Minas Gerais. Neste sentido, todos os procedimentos necessários foram adotados pela Universidade e pelos próprios estagiários, devidamente autorizados pela Secretaria de Estado de Fazenda (SEF). A Universidade aguarda, agora, a liberação por parte do Banco Itaú, de conta arrecadadora específica para que a transferência do numerário destinado ao pagamento dos estagiários possa ser efetuada.
Desde o ano de 2019 que os docentes da Universidade Estadual de Minas Gerais (Uemg) e da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), assim como os demais servidores da educação e de outras áreas do serviço público mineiro, seguem com salários parcelados. No caso do magistério superior, o parcelamento salarial vem ocorrendo desde 2015. Além disso, até o momento não receberam o 13º salário de 2019, e não há previsão para o pagamento. Em abril, apenas os servidores das áreas da saúde e da segurança receberam integralmente seu vencimentos referentes ao mês de março. Aos demais, foi paga inicialmente uma parcela de R$ 2 mil e o restante foi quitado só no final do mês.
Para maio, o governo de Minas já anunciou que o pagamento está, novamente, ameaçado. Até o dia 15, devem ser pagos os servidores da segurança e da saúde. Para os demais, não há previsão, mesmo com a ajuda da União. Segundo a Associação dos docentes da Unimontes (Adunimontes Seção Sindical do ANDES-SN), quase todos os servidores estaduais estão, dentro das possibilidades, trabalhando em teletrabalho e estão ameaçados, mesmo assim, de ficar sem salários a partir desse mês.
“Não se questionam as dívidas históricas em Minas, não se fazem auditoria, não se revê a questão tributária do estado. Minas Gerais concede isenção a setores que são super danosos à saúde dos trabalhadores e ao meio ambiente, como é o caso da mineração. Ficamos nessa situação: não fazem uma revisão tributária e fiscal do estado e querem economizar, devido à queda de arrecadação, em cima da expoliação do salário dos trabalhadores. Nós temos denunciado e é algo importante para reiterar: os professores estão ameaçados de ficar sem salário já em maio”, protesta.
Compartilhe isso:
- Clique para compartilhar no Twitter(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Facebook(abre em nova janela)
- Clique para imprimir(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no LinkedIn(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Telegram(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no WhatsApp(abre em nova janela)