A venda e consumo de bebidas alcoólicas foi liberada desde ontem, em Montes Claros, depois de mais de 30 dias de proibição, mas o núcleo regional da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) afirma que sequer dá para comemorar, pois não se tem qualquer segurança de que poderá ser editado novo Decreto Municipal, voltando a proibir. Desde sábado que os donos de bares e restaurantes estavam na expectativa de acabar com a proibição de venda de bebidas. O impedimento de venda provocou um sério problema: a venda clandestina aumentou o preço da cerveja em quase 100%. A informação é de que ocorreria a liberação da venda surpreendeu o diretor regional da Associação Mineira de Supermercados (AMIS), Paulo Elmo Pinheiro, que não acreditava nessa medida e preferiu aguardar a decisão oficial.
O presidente regional da Abrasel, Rodrigo de Paula afirma que a classe quer a abertura completa dos bares e restaurantes, como forma de aliviar o caos gerado pelo fechamento desse setor e a consequente demissão de milhares de pessoas. Ele lembra que a venda das bebidas alcoólicas necessitaria da autorização para os consumidores se alimentarem nos bares e restaurantes. Segundo ele, a Prefeitura autorizou o sistema delivery, mas através de aplicativos e como existe apenas um para atender Montes Claros, todos donos de bares e restaurantes tiveram que aceitar as taxas impostas pelo referido aplicativo, que cobra até 23% do empresário. Por não conseguir arcar com essa despesa a mais, todos repassaram os custos para os clientes, encarecendo ainda mais o valor de alimentação em Montes Claros. (GA)
