VINÍCIOS SANTOS
Jornalista e professor
Há cerca de dez dias chegava aos cinemas um dos filmes mais esperados de 2023, “Barbie”, o mais nostálgico do ano – juntamente com o bilionário das bilheterias, “Super Mario Bros”, lançado no último mês de abril. Só que no caso de “Barbie”, não era apenas mais uma animação: a boneca mais famosa do planeta ganhou vida, na interpretação impecável da australiana Margot Robbie, e trouxe consigo uma nova história, novos dilemas, tudo somado a uma fotografia linda de se assistir, em quase duas horas de filme.
Não é novidade para ninguém que, enquanto marca, “Barbie” é uma das mais fortes de todos os tempos. É praticamente impossível encontrar quem nunca tenha pelo menos ouvido falar na boneca, lançada há mais de seis décadas, e que já passou por várias reinvenções, ganhando incontáveis versões, profissões, roupas e acessórios, além é claro, de ter feito sucesso em diversas animações.
Entretanto, ao ser anunciado como longa, em live-action, já se deixou claro que a boneca passaria por mais uma reinvenção, e que não seria para as crianças pequenas. O filme conta com um humor inteligente, críticas importantes e momentos emocionantes, que, em minha visão, trazem emoção similar à conexão de Andy com seus brinquedos, na trilogia Toy Story. Só que em “Barbie”, as interpretações dos dois coprotagonistas, Ken (Ryan Gosling) e Glória (America Ferrera), e, especialmente, a genialidade de Margot Robbie, entregam momentos memoráveis durante a trama.
Se por um lado são poucos os momentos da protagonista no mundo real, diferente do que o trailer faz acreditar, e ainda que sejam bem fracos – em comédia – os momentos com os supostos executivos da Mattel, o filme consegue prender bastante atenção de quem o assiste. Possui ritmo dinâmico e nostálgico, principalmente para quem se lembra dos brinquedos mais famosos da marca.
Se você ainda não foi aos cinemas, mas pretende ir, creio que terá uma boa experiência. E não se assuste, ao ver os shoppings pintados de rosa. É só uma preliminar do que verá na encantadora “Barbilândia”.
