MICHEL VARON
Diretor de Crédito e Risco da Dimensa
O mercado de crédito desempenha um papel crucial no desenvolvimento econômico, permitindo que empresas e indivíduos realizem investimentos, expandam seus negócios e atendam às suas necessidades financeiras. A mais recente Pesquisa Febraban de Economia Bancária e Expectativas, publicada em dezembro, prevê um avanço da carteira total de crédito de 8,3% para 8,5% para 2024, beneficiado pela queda das taxas de juros e pela perspectiva de melhora dos índices de inadimplência no período.
Em meio a esse cenário, é fundamental que as instituições financeiras e empresas que atuam neste segmento tenham ampla visibilidade sobre as ferramentas mais eficientes para atuar de forma sustentável e positiva ao longo de 2024. Essa postura pode contribuir para impulsionar esse projetado aumento do mercado de crédito nacional.
Por exemplo: quando falamos sobre risco e apetite de crédito, estamos nos referindo diretamente à transparência, ao acesso às informações, ao histórico ativo daquela empresa e/ou pessoa tomadora de crédito, às garantias disponíveis, à análise da capacidade de pagamento e outros parâmetros específicos. Nesse sentido, o mercado vem sendo impactado positivamente pela digitalização, com instituições adotando cada vez mais tecnologias capazes de analisar um grande volume de dados para avaliar riscos de crédito de maneira mais eficiente. A automação de processos também tem agilizado a concessão de crédito, tornando-a mais acessível e rápida, além de agregar ainda mais segurança à operação.
A pauta tecnológica dentro do setor financeiro e de crédito passa também pela evolução de seus sistemas e soluções, acompanhando novas legislações, tendências e boas práticas de mercado. Isso porque, naturalmente, este é um setor altamente regulamentado e que requer uma fiscalização eficaz para garantir padrões restritos nas operações, devido à riqueza dos dados e informações que são transacionados todos os dias por estas empresas.
Outro fator que contribui para a inovação do mercado de crédito são os demais setores da economia, como o varejo, a indústria e o agronegócio. Estes são nichos que, indiretamente, executam operações de crédito em seu negócio e, como consequência disso, novas parcerias estão surgindo para endereçar desafios específicos de cada setor.
Acredito que todas as organizações, dos mais diferentes mercados, precisam se manter atentas e atualizadas sobre as questões macroeconômicas que estão sendo debatidas e que podem abrir oportunidades. As expectativas para esse ano são muito positivas, com um movimento global de redução de taxas de juros. E o Brasil segue na busca do cumprimento da meta fiscal, controle da inflação, diminuição de juros e reforma tributária.
Investir em tecnologia não somente ajudará as instituições a promoverem a inovação, a transparência e a cibersegurança, mas também é fundamental para impulsionar o desenvolvimento econômico do país como um todo.
