Atos instintivos – resultados devastadores para a vida - Rede Gazeta de Comunicação

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Atos instintivos – resultados devastadores para a vida

O ser humano se coloca à disposição para realizar suas necessidades como comer ou dormir, por exemplo, porque sente falta disso. Desse modo para que o corpo funcione saudavelmente ele mesmo apresenta suas precisões. E de forma reativa, suprimos a manutenção do nosso organismo para que não sintamos sede, ansiedade, ausência de nutrientes ou qualquer tipo de aflição física ou emocional imediata. É algo quase que instantâneo. O bebê quando sente fome, chora! A pessoa que sente dor, se trata, procura uma farmácia ou um hospital. Ao observar essas situações, pode ser que aprendamos que temos de viver apenas em resposta ao que a vida e as situações presentes nos exigem. Para Madre Tereza de Calcutá, missionária albanesa, “o dever é uma coisa muito pessoal; decorre da necessidade de se entrar em ação, e não da necessidade de insistir com os outros para que façam qualquer coisa”.

No dia a dia é possível nos depararmos com pessoas que dizem não ter fé, isto é, que não acreditam em si, que não creem em algo espiritual maior que elas, que como um navio sem rota, parecem estar à deriva. Compreendemos que essas se encontram vazias, com grande “fome” de dirigirem sua existência, mas não percebem como isso deve se dar. Muitos de nós permanecemos como que no aguardo de algo ou alguém que nos possa dar motivo para rir, para falar, para chorar ou para agir. Ficamos à espera de um comando que nos dê luz para sairmos da caverna imaginária de nossa mente. Ocorre que nem sempre encontraremos ou enxergaremos no outro essa pessoa que poderá nos desbloquear ou nos afastar do mau, da preguiça ou da improdutividade. De certo que desenvolver alguns atributos para agir também nos ensinará a lidarmos com nossas imperfeições e podermos transitar na vida com proatividade.

Desenvolver coragem! Sair do habitual! Ter ousadia e se perceber nesse momento no estado inerte em que se encontra para então fazer sua mente se dirigir a um plano ainda desconhecido, mas que poderá gerar novos frutos e grande colheita para uma vida produtiva! O corpo não deve comandar a cabeça, as vontades primárias não devem ditar o que eu devo ou não fazer a todo tempo! Quem de fato comanda a vida que queremos ter é nossa mente, nosso espírito! Conceber que apenas os prazeres momentâneos são o alvo da existência pode nos levar a ruína e a um sofrimento inevitável! O escritor bahamense, Myles Mynroe, nos instrui que a “visão é a capacidade de enxergar além do que os olhos são capazes”. Nosso olhar deve ser prospectivo! Nossa ação precisa ecoar no hoje e no amanhã! É imperativo que tenhamos perspectivas para adquirir maior poder! Enquanto estivermos castrados somente no imediatismo, apenas sanaremos nossas necessidades súbitas. Todavia as consequências dos atos instintivos podem levar a resultados devastadores para uma vida inteira!

(*) 1º Tenente PM – Comandante da 145ª Cia./10º Batalhão PM.