Com diversas baixas, o Atlético vive uma situação crítica no ataque. Na semana de estreia na Copa do Brasil e na Série A do Campeonato Brasileiro, o Galo tem apenas três atacantes experientes à disposição no elenco. A eles, somam-se dois jovens das categorias de base com pouca rodagem no profissional.
A mais recente das perdas foi Eduardo Vargas. O chileno sofreu um estiramento do ligamento colateral medial com um edema ósseo no joelho esquerdo e já iniciou tratamento com a fisioterapia do clube mineiro.
No fim de março e no início de abril, o Galo abriu mão de duas opções do setor ofensivo. O ponta-direita Ademir foi vendido ao Bahia por R$ 13 milhões, enquanto o versátil Eduardo Sasha foi negociado com o Red Bull Bragantino por cerca de R$ 2 milhões.
Na mesma janela de transferências, o Atlético liberou o ponta Keno com o Fluminense. O primeiro período de negociações do ano terminou com três baixas no ataque e apenas uma aquisição: a de Paulinho, um dos destaques neste início de temporada.
Além dos nomes citados, o Atlético não conta, desde novembro de 2022, com o centroavante Alan Kardec. O atleta de 34 anos segue em recuperação após um procedimento cirúrgico para a retirada de uma hérnia de disco lombar.
Nesse cenário, o técnico Eduardo Coudet tem apenas três opções experientes e de origem para o ataque. São elas: Hulk, Paulinho e Pavón. A situação se mostra ainda mais crítica ao levar em consideração que o argentino tem atuado na segunda linha de meio do 4-1-3-2 de Chacho, normalmente aberto pela direita.
Diante do Libertad, na estreia da fase de grupos da Copa Libertadores, o treinador argentino promoveu a estreia do jovem Isaac, de 19 anos, revelado pelas categorias de base do Galo, na equipe profissional.
Nos minutos finais da partida, perdida pelo Atlético por 1 a 0 no Mineirão, em Belo Horizonte, o zagueiro Réver foi acionado como “centroavante” diante da escassez de opções mais experientes. A outra alternativa era Cadu, de 18 anos.
Erro de planejamento?
Em entrevista polêmica após o revés diante do Libertad, Coudet não mediu palavras ao criticar os mandatários do Atlético. As declarações do treinador argentino evidenciaram o que o profissional considerou como um erro de planejamento da diretoria na montagem do elenco.
“Vocês acham que aprovei alguma saída ou venda? Ou não souberam que eu pedi para que não fizessem a última venda (Sasha ao Bragantino)? Ou é mais fácil que hoje entre um juvenil estreante na Copa Libertadores do que o Sasha? Ou que nas últimas três bolas coloque Réver para jogo aéreo ou outro juvenil para estrear?”, disparou Coudet.
Além da insatisfação pela saída de Sasha – marcou 26 gols em 138 partidas pelo Galo (66 como titular) -, Chacho discordou da direção por não dizer claramente à torcida qual é a realidade.
Embora não tenha citado nomes, o técnico fazia referência ao conselho formado pelos 4Rs – os empresários Rubens Menin, Rafael Menin, Ricardo Guimarães e Renato Salvador. “É o risco que os investidores disseram que teríamos que correr. Não quiseram trazer um 9. Disseram que íamos correr este risco. Mas não esclarecem a situação para os demais. Aqui quem coloca a cara sou eu. Esse não era o panorama que tínhamos quando foram me buscar. Minha ideia era descansar. Eu vim porque era este clube e pelo desafio importante que havia. Vou colocar a cara, mas (eles) também têm que falar e dizer qual é a verdade”, encerrou Coudet. (Superesportes)
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