GIRLENO ALENCAR
A espinosense Ana Patrícia Silva Ramos, de 23 anos, é a única norte-mineira que participa das Olímpiadas de Tóquio, e no domingo, estreou no vôlei de praia, quando venceu a dupla do Quênia. Ela disputa a competição com a cearense Rebecca Cavalcante Barbosa da Silva. Hoje enfrentarão a dupla Graudina/Kravcenoka, da Letônia e; na sexta-feira (30), terão pela frente as norte-americanas Claes e Sponcil.
Em 2013, na cidade de Janaúba foi o momento em que a adolescente Ana Patrícia teve a sua habilidade com o esporte observada e surgiu aí a caminhada para o sucesso. Naquela ocasião, a atleta participava dos Jogos Escolares de Minas Gerais (JEMG) e defendia o time de Handebol da Escola Estadual Betânia Tolentino Silveira, da cidade de Espinosa.
A jovem era destaque do time de handebol de Espinosa, no entanto a desenvoltura de Ana Patrícia chamou a atenção do professor Augusto Figueiredo que via na atleta potencial para outras modalidades esportivas. Na quadra, em Janaúba, Patrícia recebeu o convite para a seletiva na Seleção Mineira de Vôlei, tanto de quadra quanto na areia. O retorno para Espinosa, oito anos atrás após a etapa dos Jogos Escolares em Janaúba, foi especial e a estudante teve o apoiou da família para fazer o teste na Seleção Mineira. Foi aprovada e imediatamente trocou o extremo Norte do Estado por Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Ela foi comandada pelo técnico Giuliano Sucupira. A altura era vantagem no início, mas a norte-mineira teve que aprender os fundamentos praticamente do zero. A evolução foi grande e em pouco tempo foi convocada para treinar no Centro de Desenvolvimento de Voleibol, em Saquarema, disputando o Mundial Sub-19, e posteriormente os Jogos Olímpicos da Juventude, conquistando o ouro com Duda. Ana Patrícia Ramos foi campeã do Circuito Sub-23 ao lado de Rebecca e defendeu o Brasil em etapas do Circuito Sul-Americano.
Em 2016 conquistou o Mundial Sub-21, novamente ao lado da sergipana Duda, com quem faturou o bicampeonato em 2017. Desde o final de 2016 iniciou projeto com a cearense Rebecca, comandada pelo técnico Reis Castro.
Na temporada 2017/18 do Circuito Brasileiro, a espinosense Ana Patrícia foi eleita melhor ataque, melhor bloqueio e atleta que mais evoluiu, repetindo os prêmios de melhor bloqueio e ataque na edição seguinte. Junto com Rebecca, passou a figurar com frequência no pódio das etapas do Circuito Mundial a partir de 2018. Em 2019, garantiu uma das vagas aos Jogos Olímpicos de Tóquio e consolidou o espaço no cenário brasileiro e mundial.
Olímpiadas de Tóquio
As brasileiras estão no Grupo D, que tem atletas do Quênia, Estados Unidos e Letônia. O regulamento da competição prevê a seguinte dinâmica: são seis grupos com quatro duplas, e as duas primeiras avançam. Além disso, as duas melhores terceiras também passam. As outras quatro terceiras jogam entre si, em uma espécie de repescagem, para apontar mais duas duplas que totalizarão 16 participantes das oitavas de final.
O jogo – A dupla brasileira venceu o primeiro set por 21 a 15. Embora a boa vantagem no placar, a vitória não foi tão fácil. Em um bloqueio de Khadambi, o Quênia chegou a abrir 4 a 3 no começo da disputa. Um ace de Rebecca e um bloqueio de Ana Patricia logo colocaram o Brasil na frente e, ao abrir uma vantagem de cinco pontos, a dupla administrou o set até vencê-lo.
No segundo set, a diferença técnica falou mais alto. As brasileiras ocupam o décimo lugar no ranking mundial enquanto as quenianas, o 97º lugar. Com força no ataque e bloqueios precisos, Ana Patricia e Rebecca logo abriram grande vantagem com 15 a 5. Mantiveram a pegada e venceram sem dificuldade.
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