Após 143 dias sem chuva, Montes Claros pode ver alívio na cortina de fumaça com mudança nos ventos - Rede Gazeta de Comunicação

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Após 143 dias sem chuva, Montes Claros pode ver alívio na cortina de fumaça com mudança nos ventos

Montes Claros enfrenta atualmente um período sem chuva que já dura 143 dias, e a situação climática tem gerado uma significativa cortina de fumaça sobre a região. No entanto, a previsão é de alívio a partir desta terça-feira (27), com a mudança na direção dos ventos, conforme informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

A meteorologista Anete Fernandes, do Inmet, explica que a alteração no padrão dos ventos, que passarão a soprar de leste (do oceano para o interior do continente), deverá reduzir a influência das queimadas registradas no Centro-Oeste brasileiro. Esse novo fluxo de ventos é esperado para minimizar a transferência da fumaça para Minas Gerais, que tem causado um céu cinza e uma qualidade do ar comprometida.

“Os ventos que atualmente sopram de noroeste têm transportado a pluma de fumaça para o estado, afetando várias regiões mineiras, inclusive a região metropolitana de Belo Horizonte. A mudança para ventos de leste deve diminuir essa influência”, comenta Fernandes. No entanto, a previsão é que o Triângulo Mineiro e o Oeste de Minas ainda sintam o impacto das queimadas no Centro-Oeste, embora com menor intensidade.

Desde o início da seca, Minas Gerais tem enfrentado uma série de desafios relacionados à falta de precipitação e ao aumento das queimadas. O estado foi o quarto no Brasil em número de focos de queimadas no último fim de semana, com 344 ocorrências registradas, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Apesar da previsão de alívio na cortina de fumaça, a seca persistirá nos próximos dias. A possibilidade de chuviscos é restrita a áreas isoladas, como Belo Horizonte e regiões da Zona da Mata, Sul e Campos das Vertentes, mas não deve ser significativa.

Com a continuidade da seca, Montes Claros e outras cidades mineiras enfrentam desafios adicionais, como o recorde de 129 dias sem chuva em Belo Horizonte e a presença de 13 cidades no estado com mais de 130 dias sem precipitação. A cidade de Pompéu, na região central, é a segunda no Brasil em dias sem chuva, atrás apenas de Pradópolis, em São Paulo.