Servidores, estudantes e professores de uma instituição de ensino, do Norte de Minas, agora contam com o aplicativo Guardiões da Saúde (GDS), disponível para Android e iOS, onde de forma voluntaria fazem a vigilância ativa e participativa do monitoramento da covid-19. É uma importante ferramenta de rastreio e monitoramento de casos suspeitos e confirmados da doença na comunidade escolar, que tem muito a contribuir para o processo de retorno gradual às atividades presenciais no Instituto. Por meio do aplicativo, o usuário poderá reportar diariamente à Instituição, de maneira bem simples, sua situação de saúde, respondendo a seguinte pergunta: “Como está se sentido hoje?”. Se o usuário estiver bem, a consulta diária termina por aí; se estiver mal, poderá informar os sintomas. O aplicativo emitirá chamados na tela de notificação do celular para que o usuário lembre-se de atualizá-lo em relação ao seu estado de saúde.
Para se tornar um “guardião da saúde”, é necessário baixar o aplicativo e cadastrar-se, informando nome, gênero, raça, data de nascimento, país de residência, estado e município, se é profissional da saúde, se faz parte de algum grupo das chamadas doenças de risco e e-mail, sendo algumas dessas informações obrigatórias. O usuário também pode informar se é ligado a alguma instituição, informando dados institucionais como número de matrícula. É possível, ainda, acrescentar os dados de vacinação contra a covid-19. Depois, basta cadastrar uma senha de acesso ao aplicativo.
É muito importante que o usuário ative a opção de vigilância ativa no aplicativo, registrando o número de telefone. Assim, a instituição passa a ter permissão para entrar em contato com ele para obter mais informações sobre os sintomas e fazer os devidos encaminhamentos junto à secretaria de saúde do município sede da unidade à qual o servidor, estudante ou colaborador é ligado. O professor Luciano Soares Diniz, presidente da comissão responsável pela aplicação do projeto Guardiões da Saúde, destaca que o monitoramento dos casos suspeitos e confirmados de covid-19, por meio do aplicativo, ajudará o Instituto na tomada de decisões relativas à retomada das atividades presenciais. “Os comitês locais poderão usar as informações referentes a suas unidades, em conjunto com as informações das prefeituras e do estado, para tomar a decisão mais assertiva naquele momento”, explica. Ele lembra, no entanto, que, para que isso aconteça, é necessária a participação de toda a comunidade escolar, com a adesão ao uso do aplicativo.
A vigilância participativa, que é a proposta do aplicativo Guardiões da Saúde, é um método científico e colaborativo que foi criado em 2003 na Europa. Alguns países se uniram para criar uma ferramenta online que ajudasse a monitorar o avanço do vírus da influenza no continente, usando como principal fonte de informação os relatos da população. O aplicativo Guardiões da Saúde começou como uma ferramenta de vigilância participativa desenvolvida pelo Ministério da Saúde em 2007, para monitorar eventos de grande porte no Brasil, sendo utilizado durante a Copa do Mundo FIFA de 2014.
Em 2016, o aplicativo foi utilizado novamente nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos no Rio de Janeiro, graças a uma parceria entre Skoll Global Threats Found (SGTF), o Ministério da Saúde, a startup Epitrack e a Associação Brasileira de Profissionais de Epidemiologia de Campo (ProEpi).
Em 2020, em uma parceria entre a ProEpi e a Sala de Situação em Saúde da Universidade de Brasília (UnB), a ferramenta foi atualizada com foco na covid-19, sendo utilizada por instituições como a própria UnB. (GA)
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