APAE terá R$ 114,6 mil para Centro Dia em Montes Claros - Rede Gazeta de Comunicação

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APAE terá R$ 114,6 mil para Centro Dia em Montes Claros

GIRLENO ALENCAR

A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Montes Claros terá R$ 114.601,79 para manter o Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, idosas e suas famílias (Centro Dia) em Montes Claros. A verba foi aprovada pelo Conselho Municipal de Assistência Social, visando o implemento do Projeto “Serviço De Proteção Social Especial Para Pessoas Com Deficiência, Idosas E Suas Famílias – Centro Dia Da Apae De Montes Claros”, que tem como objetivo geral promover a autonomia e a melhoria da qualidade de vida de 120 pessoas com deficiência e idosas com dependência, seus cuidadores e suas famílias, ampliando a rede de pessoas com quem convive e compartilha vivências, conforme estabelecido no Plano de Trabalho aprovado pela Comissão de Seleção do Conselho Municipal de Assistência Social.

A população estimada com deficiência intelectual em montes claros, de acordo com o censo demográfico de 2010, atualizado em 2016, é de 5.123 pessoas, sendo 359 na faixa etária de até quatro anos, 391 na faixa etária entre 5 e 9 anos, 447 na faixa etária de 10 a 14 anos, 483 na faixa etária de 15 a 19 anos, 1.030 na faixa etária de 20 a 29 anos, 1.480 na faixa etária de 30 a 49 anos e 933 acima de 50 anos. As condições de vida das pessoas com deficiência são geralmente mais precárias que as do resto da população, de gênero e idades idênticas: nível de estudo, acesso ao mercado laboral, nível de rendimentos, acesso aos serviços, habitação, mobilidade, acesso a informação, participação social, dentre outros.

Elas são vistas negativamente na sociedade e vivenciam situações de vulnerabilidade e riscos sociais como o isolamento pela ausência de condições familiares e de acesso a serviços; violações de direitos por ocorrência de violência física, psicológica, negligência, abandono e violência sexual; afastadas do convívio familiar; vínculos familiares fragilizados e precário ou nulo acesso a renda.

A Deficiência é, sobretudo vista pela sociedade como um problema médico com origem científica, divina ou mística. Vivida como uma fatalidade, é causa de vergonha para as famílias e muitas vezes de autoexclusão das próprias pessoas com deficiência. Paralelamente as dificuldades de integração social cujas pessoas com deficiência podem ser vítimas (ter um emprego estável, estudar, fundar uma família, ter uma casa em condições), constata-se que elas são, sobretudo vítimas de preconceitos no seio da sociedade. Quer seja na vizinhança, nas lojas, nos transportes, na escola, na empresa, no mercado, etc. A família é vista como o elo insubstituível com a qual se deve ter em conta se se pretende elaborar estratégias de inclusão social para as pessoas com deficiência. Por sua vez, a família precisa de apoio para aliviar o estresse do cuidado diário e continuado e uma forte mobilização sociedade para melhorar sua qualidade de vida.