GIRLENO ALENCAR
A Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams) e o Ministério da Defesa estarão realizando a Operação “Rondon das Geares” em 12 municípios do Norte de Minas, com atividades solidárias, executadas por acadêmicos de universidades e faculdades brasileiras. Serão atendidos os municípios de Botumirim, Campo Azul, Crisália, Engenheiro Navarro, Grão Mogol, Ibiaí, Ibiracatu, Josenópolis, Olhos-d’ Água, Ponto Chique, Ubaí e Varzelândia, em janeiro de 2022. O coronel William da Silva Cunha, coordenador nacional do Projeto Rondon explicou que dentro de alguns dias será realizada videoconferência com os municípios que assinarem o Termo de Acordo, em parceria com o Estado de Minas, para implantar a medida. Os municípios foram selecionados pelo Ministério da Defesa.
O presidente da Amams, José Nilson Bispo de Sá, prefeito de Padre Carvalho, explica que a escolha da Amams para a realização dessa operação demonstra a seriedade e respeito que a entidade tem no Governo Federal. Ele observa que o ideal seria o projeto ser executado nos 86 municípios do Norte de Minas, pois as carências são comuns a todos eles. “O Projeto Rondon tem um histórico de contribuição social no Brasil e carrega a chancela das Forças Armadas, através do Exercito, Marinha e Aeronáutica. A principal conquista dela é levar a comunidade a refletir sobre a importância do voluntariado e lutar por melhoria da qualidade de vida”, explica o presidente.
O Projeto Rondon, sob coordenação do Ministério da Defesa, é conduzido em estreita parceria com o Ministério da Educação, o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, o Ministério da Saúde, o Ministério do Meio Ambiente, o Ministério da Integração Nacional, o Ministério do Esporte e a Secretaria de Governo da Presidência da República. É uma ação interministerial do Governo Federal realizada em coordenação com os Governos Estadual e Municipal que, em parceria com as Instituições de Ensino Superior, reconhecidas pelo Ministério da Educação, visa a somar esforços com as lideranças comunitárias e com a população, a fim de contribuir com o desenvolvimento local sustentável e na construção e promoção da cidadania.
O Projeto Rondon prioriza, assim, desenvolver ações que tragam benefícios permanentes para as comunidades, principalmente as relacionadas com, a melhoria do bem estar social e a capacitação da gestão pública. Busca, ainda, consolidar no universitário brasileiro o sentido de responsabilidade social, coletiva, em prol da cidadania, do desenvolvimento e da defesa dos interesses nacionais, contribuindo na sua formação acadêmica e proporcionando-lhe o conhecimento da realidade brasileira. A ideia de levar a juventude universitária a conhecer a realidade brasileira e a participar do processo de desenvolvimento surgiu em 1966, durante reunião realizada no Rio de Janeiro, com a participação de universidades do então Estado da Guanabara, do Ministério da Educação e Cultural e de especialistas em educação.
O Projeto Rondon foi criado, pelo Decreto nº 62.927, de 28 de junho de 1968, que estabeleceu um Grupo de Trabalho (GT) denominado de “Grupo de Trabalho Projeto Rondon”, subordinado ao Ministério do Interior. Posteriormente, em 1970, esse GT foi transformado em Órgão Autônomo da Administração Direta pelo Decreto 67.505, de 6 de novembro de 1970, e em 1975, pela Lei 6.310 de 15 de dezembro, foi instituída a Fundação Projeto Rondon. Em janeiro de 1989, o Projeto Rondon foi extinto pela Medida Provisória nº 28/89 convertida posteriormente na Lei 7.732, de 14 de fevereiro de 1989. Em 1990, foi criada por ex-rondonistas a Associação Nacional dos Rondonistas, uma Organização Não Governamental (ONG) qualificada pelo Ministério da Justiça como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP).
A nova fase do Projeto Rondon origina-se de uma proposta de reativação do projeto original encaminhada pela União Nacional dos Estudantes à Presidência da República em novembro de 2003. O grupo de trabalho interministerial definiu diretrizes e orientações gerais, que foram consolidadas num plano estratégico aprovado pelo Presidente da República em 20 de agosto de 2004. Esse documento define a sistemática de trabalho, detalhada e posta em prática ao longo do segundo semestre de 2004 com vistas à execução, em 2005, da primeira operação nacional desta nova fase do Projeto Rondon. As ações do projeto são orientadas pelo Comitê de Orientação e Supervisão do Projeto Rondon.
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