GIRLENO ALENCAR
A Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams) cobra do governo federal urgência e agilidade na Operação-Pipa e a imediata aplicação das medidas anunciadas em reunião. Como um dos resultados da reunião realizada no dia 22 de dezembro na sede da Amams, em caráter de urgência, para debater medidas de enfrentamento dos efeitos da seca no Norte de Minas e enfrentar essa que é maior seca dos últimos anos, alguns municípios da região já apresentaram o plano de trabalho na Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil para receberem o “Cartão Pipa”. Com este cartão os municípios poderão contratar caminhões pipas pelo valor mensal de R$ 18 mil, para abastecerem os moradores das comunidades rurais com água, estes municípios receberam autorização da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil para contratarem por 90 dias.
O coordenador do departamento de Defesa Civil da Amams, Sérgio Nassau, tem orientado as prefeituras a preencherem os formulários com os dados oficiais para serem apreciados pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil. Vale ressaltar que anteriormente o abastecimento de água ocorria via estado, com a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil. No último dia 22, durante a reunião, a Amams mostrou a necessidade de agilizar o atendimento às vítimas da seca. O governo federal acatou o pedido de repassar os recursos diretamente às Prefeituras desde que apresentem o plano de trabalho. A mesma situação ocorreu em relação às cestas básicas.
Ainda nesta terça-feira, o presidente da Amams e prefeito de Padre Carvalho, José Nilson Bispo de Sá, conversou com o superintendente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em Minas Gerais, Eduardo Dumont, quando foi informado que, está no armazém de Montes Claros, o estoque de milho a ser repassado para alimentação do gado que tem morrido por falta de ração. Além de cobrar maior agilidade por parte do governo federal na Operação Pipa e na distribuição de cestas básicas e de milho, a Amams passou a orientar os prefeitos do Norte de Minas a elaborarem um levantamento sobre a quantidade de famílias que estão em vulnerabilidade social e são vítimas da seca e que precisam receber cestas básicas. Com esses dados e conforme o documento de ações para enfrentamento da seca elaborado na reunião do dia 22 de dezembro, os municípios ficarão aptos a receber os benefícios, mas o presidente da Amams, cobra do governo federal imediatas ações e que se cumpra os pedidos documentados no encontro que contou com as participações de representantes da Emater, Conab, bancos do Brasil e do Nordeste e ainda de deputados, prefeitos, vereadores, lideranças de classes e políticas, como também dos ministros do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, e do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias, e do presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, que participaram de forma remota.
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