GIRLENO ALENCAR
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Montes Claros, Leonardo Vasconcelos, cobrou do Estado e da Cemig uma solução para a situação dos microempreendimentos de energia fotovoltaica no Norte de Minas e por isso, convidou a direção da estatal mineira a participar de reunião em Montes Claros para discutir o assunto. Ele participou de audiência da Comissão Extraordinária das Energias Renováveis e dos Recursos Hídricos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, realizada na quarta-feira, quando mostrou que os investimentos em energia solar no Norte de Minas superou os investimentos realizados pela Sudene em toda história da região.
No seu discurso, Vasconcelos observou que é natural ocorrer a aglutinação dos microempreendedores em torno das subestações, mas a discussão pode se estender a outras alternativas. Na sua visão, o Norte de Minas não pode ser apenas fornecedora de terras, mas sim agregar e se transformar em protagonista desse caso. O desenvolvimento econômico e social de Minas está diretamente atrelado à conexão de plantas de geração distribuída e à capacidade de escoamento da energia produzida.
O presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi, lembrou a difícil situação da companhia herdada pelo atual governo para valorizar o atual estágio de reformulação da empresa. Segundo ele, está sendo realizado o maior programa de investimentos da história da Cemig. Somente na transmissão, o governo pretende alocar R$ 1,4 bilhão até 2025, valor que chega a quase R$ 4 bilhões em relação à geração, no mesmo período. Para o Programa de Desenvolvimento da Distribuidora (PDD), que traz o plano de investimento de distribuição, são previstos R$ 6,4 bilhões até 2022, beneficiando 6,4 milhões de clientes, 75% do total de consumidores da empresa no Estado.
As regiões menos favorecidas, como Norte de Minas, Nordeste e Leste, ficarão com 34% desse valor, para apoiar o seu desenvolvimento. Compõem o plano a construção de 80 subestações e a instalação de cerca de 3 mil linhas de transmissão, entre outras ações para o reforço e automação do sistema, a expansão do mercado e a recuperação de receita. Quanto à geração distribuída, ele relatou que, desde 2012, foram realizadas 65 mil conexões de microgeradoras, sendo 90% delas nos últimos três anos. A minigeração foi responsável por 554 conexões, 83% também nos últimos três anos. O diretor de Projetos da Companhia Energética Integrada (CEI), Marcos Felipe Fonseca, informou que está sendo construída uma planta com capacidade de gerar 100 mw na região do Jaíba (Norte de Minas) e outra, para produzir 500 mw, já está projetada e com a sua capacidade de produção de energia vendida para 2023. “É preciso acelerar, estamos aquém do que gostaríamos”, advertiu.
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