A vida de renúncias de um atleta profissional (parte 2) - Rede Gazeta de Comunicação
A vida de renúncias de um atleta profissional (parte 2)

MARINA TOSCANO AGGIO DE PONTES

Ex-atleta e professora dos Cursos de Educação Física/Escola Superior de Educação

Para o atleta de rendimento, a rotina é basicamente constituída de muitas horas de treino, de concentrações entre uma competição e outra, de restrições alimentares e alcoólicas, de cansaço físico e mental, de pressões psicológicas dos treinadores, dos patrocinadores e das torcidas. O psicológico de uma atleta convive intensamente com a vitória e com a derrota, com o sucesso e com o fracasso, com os aplausos e com as vaias, vivendo constantemente uma montanha-russa de emoções. Assim, é muito importante que os atletas tenham suporte das equipes multidisciplinares que trabalham seu equilíbrio físico e mental.

A visão romantizada e as incríveis histórias contadas nas mídias televisivas e sociais pouco refletem a realidade de dias de dores, de recuperação, de tratamentos físicos intensivos, de insegurança financeira atrelada ao sustento familiar, da renovação dos contratos com os clubes ou patrocinadores e de tantas outras situações que envolvem a vida profissional e pessoal do esportista.

Mas o que faz um atleta passar por todas essas difíceis situações descritas e não desistir no meio do caminho? No relato de uma ex – atleta profissional, escritora desse texto, “com toda a certeza é a vontade de realizar sonhos: o sonho de ser convocado para atuar na seleção nacional; o sonho de ter melhores condições de vida; o sonho de fazer do esporte uma profissão; o sonho de viajar e conhecer lugares e culturas inimagináveis; o sonho de superar os próprios limites; o sonho de ter uma aposentaria confortável; o sonho da casa e do carro confortável; o sonho de ser reconhecido em seu país, o sonho.

Assim, quando tiver a oportunidade e o prazer de ver um atleta conquistando o tão almejado campeonato ou o primeiro lugar em uma competição importante, lembre-se que para chegar ao lugar mais alto do pódio houve muitas renúncias.

E cabe as “pessoas normais”, resta homenagear esses grandes profissionais, representados por homens e mulheres, batendo palmas e os parabenizando pelas escolhas e renúncias ao longo da vida em busca da realização de grandes sonhos.

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