JOSÉ MANOEL FERREIRA GONÇALVES
Engenheiro, jornalista, advogado, professor doutor, pós-graduado em Ciência Política pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, integrante do Engenheiros pela Democracia e presidente da Ferrofrente – Frente Nacional pela Volta das Ferrovias
O aumento do consumo deve ser planejado, considerando os limites dos recursos naturais locais e globais. Isso demanda um olhar mais apurado, que possa contemplar o futuro com profundidade.
Uma ferramenta importante para alavancar esse novo tempo consiste na geração de mais polos de desenvolvimento científico e tecnológico no país e o apoio aos que hoje já existem. As instituições de pesquisas são um instrumento que habilita o país a deixar o papel de colônia do mundo e evoluir para a estratégica posição de parceiro de respeito. Devemos exigir que aqui possamos desenvolver técnicas e soluções diferentes – muito diferentes – dessa acomodação criminosa que nos mantêm alheios do melhor da ciência, regredindo em vez de caminharmos firmes para um porvir que pode ser de excelentes oportunidades. Esse esforço requer também o incentivo consistente às nossas universidades, públicas ou privadas.
Queremos, enfim, um novo modelo de nação, em que não sejamos condenados a exportar comodities. É muito estéril nos conformarmos com essa única aspiração.
O resgate dessa grandeza passa, por exemplo, com a reativação de nossos trilhos, com ferrovias para todos, não somente para levar grãos e minério de ferro para os nossos portos, mas produtos com valor agregado resultado de um processo forte de reindustrialização; e ainda, e não menos importante, que a malha ferroviária seja um vetor de integração nacional, transportando passageiros em deslocamentos de média e longas distâncias.
Cuidar do meio ambiente não é um estorvo para uma sociedade. Ao contrário, é uma dádiva a ser vivenciada a cada dia por quem desfruta de um país continental, rico em recursos naturais e diversidade geográfica.
Vamos construir, estrategicamente, passo a passo, essa rota para um futuro de sustentabilidade no país, priorizando parcerias responsáveis de médio e longos prazos para transformarmos o Brasil num imenso canteiro com obras sustentáveis, de forma a aproveitar as especificidades regionais e suas infinitas complementariedades.
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