A importância da tecnologia para a saúde em instituições de longa permanência (Parte 2) - Rede Gazeta de Comunicação

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A importância da tecnologia para a saúde em instituições de longa permanência (Parte 2)

JOSÉ RUBENS ALMEIDA

Graduado em ciências da computação e diretor da AGM Automação

Em um futuro não muito distante, eles se tornarão o foco e aumentarão cada vez mais sua representatividade nessa utilização.

De acordo com Pesquisa desenvolvida na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) a população idosa, em sua maioria, aceita as novas tecnologias. Mas isso não é tudo. Se estes objetos podem ser reconhecidos como ferramentas de acessibilidade, ainda são encontradas barreiras na utilização – que muitas vezes derivam de características do próprio aparelho, como letras pequenas e idiomas estrangeiros. Isto inclui desde celulares, controle remotos, câmeras digitais, computadores e aparelhos de cozinha até equipamentos de monitoramento das condições de saúde.

Ao contrário do que se imagina, os idosos têm sim interesse e disposição em adotar as novas possibilidades que a tecnologia oferece, principalmente no que se refere aos cuidados com sua saúde. Por conta da crescente evolução da área médica, facilitar ao máximo essa integração passa também a ser parte da responsabilidade de todos os profissionais de saúde.

Para que isso aconteça de maneira favorável, deve-se levar em conta todo o processo de envelhecimento, e os desafios que proporciona, tanto na parte da saúde, quanto na parte emocional.

As tecnologias na saúde são excelentes ferramentas voltadas a demandas e condicionalidades do processo de envelhecimento. Elas podem melhorar as condições de saúde de modo geral, a autoestima, auxiliar técnicas de cuidado em ambientes hospitalares, facilitar a mobilidade, comunicação, e a segurança dos ambientes domésticos.

A pandemia mudou radicalmente a vida de todos, mas os idosos são um público particularmente afetado de maneira mais intensa, uma vez que integram um grupo de risco. Com o isolamento social, quem mora longe tem uma tarefa difícil nas mãos, que é zelar pela segurança do idoso — mas felizmente a tecnologia pode ser uma aliada nessa missão.

Hoje, existem wearables capazes de avisar sobre quedas, aplicativos de saúde para lembrar de medicamentos, e a teleconsulta, que fornece atendimentos de qualidade sem que o paciente precise se deslocar. Pulseiras que enviam alertas aos familiares quando o idoso cai, sistemas de monitoramento remoto e de comunicação, botões de emergência pessoal são outros exemplos do emprego da tecnologia assistiva para acompanhar os idosos e promover maior qualidade de vida.

Para os familiares, os avanços tecnológicos proporcionam mais conforto e tranquilidade por possibilitarem o contato com indivíduos em isolamento. Por outro lado, os dispositivos de monitoramento permitem que serviços de atendimento mantenham contato com pacientes com segurança e regularidade.