Semana de Mobilização Nacional para a doação de medula óssea reforça importância de salvar vidas - Rede Gazeta de Comunicação

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Semana de Mobilização Nacional para a doação de medula óssea reforça importância de salvar vidas

De 14 a 21 de dezembro, campanha destaca o papel da conscientização e do esclarecimento para aumentar o número de doadores

Entre os dias 14 e 21 de dezembro, o Brasil promove a Semana de Mobilização Nacional para a Doação de Medula Óssea, com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância desse ato de solidariedade que pode salvar vidas.

Em 2024, o Brasil registrou um aumento significativo no número de doadores. No primeiro semestre, foram 16 mil novos cadastros, sendo nove mil deles provenientes de Minas Gerais, um crescimento expressivo em relação ao mesmo período de 2023. A campanha busca continuar expandindo esses números, promovendo ações educativas e incentivando a população a se cadastrar.

“Ser doador de medula óssea é um ato de amor e esperança. Infelizmente, muitas pessoas ainda desconhecem a simplicidade do processo e a possibilidade de transformar vidas com esse gesto. Com a Semana de Mobilização Nacional, esperamos não apenas aumentar o número de doadores, mas também desmistificar a doação e inspirar mais brasileiros a fazerem parte dessa rede de solidariedade que salva vidas”, destaca o hematologista, Guilherme Muzzi.

Segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea (SBTMO), realizado em julho deste ano, 1.762 pessoas aguardavam por um transplante de medula óssea. A informação foi publicada no periódico científico Journal of Bone Marrow Transplantation and Cellular Therapy, mantido pela própria sociedade.

Desse número, 598 pacientes aguardavam transplantes alogênicos – aqueles que precisam de um doador – e 1.164 autólogos, que são os transplantes feitos por meio das células do próprio paciente. Esse tipo de procedimento faz parte dos tratamentos de condições específicas, como mieloma múltiplo e alguns tipos de linfomas. Nesse caso, o transplante tem como objetivo turbinar a imunidade e permitir que o paciente possa receber altas doses de quimioterapia, aumentando as chances de cura do câncer.

No Brasil, a doação de medula óssea é intermediada pelo Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Reconhecido como o terceiro maior banco de doadores do mundo, o Redome conta com cerca de 3,8 milhões de pessoas cadastradas. Além de beneficiar pacientes brasileiros, o registro possibilita que doações sejam feitas internacionalmente, ampliando as chances de compatibilidade e tratamento para pacientes de diferentes países.

Guilherme Muzzi explica também que, para ser um doador, basta ter entre 18 e 35 anos, estar em boas condições de saúde e procurar um hemocentro para realizar o cadastro. “O processo é rápido, seguro e envolve apenas a coleta de uma amostra de sangue ou saliva para análise. Em caso de compatibilidade com um paciente, o procedimento de doação é simples e pode salvar uma vida”, completa.