A operação Efialtes foi deflagrada pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO – Regional de Montes Claros), em apoio à 1ª Promotoria de Justiça de Montes Claros/MG, e em conjunto com a Corregedoria Geral de Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), na manhã desta quinta-feira (12) para desarticular um esquema criminoso que envolve agentes públicos em Montes Claros.
Investigações
De acordo com as autoridades, as investigações começaram a partir de provas da “operação Provérbios, 13:11” que em dezembro do ano passado desarticulou organizações criminosas que praticavam lavagem de dinheiro através de agiotagem, falsidade documental e exploração ilícita de jogos de azar.
Durante as investigações, foi descoberto o envolvimento de policiais civis com as organizações criminosas. Os agentes, valendo-se de suas funções públicas, recebiam vantagens e recursos de forma indevida, em troca, garantiam a continuidade e o sucesso dos crimes. Dentre as práticas ilícitas cometidas pelos policiais civis, estavam:
Repasse de informações sigilosas e de inteligência em benefício das agremiações criminosas;
Divulgação de informações sobre operações policiais para os líderes das organizações criminosas, de modo a protegê-los de intervenções e abordagens policiais;
Pressão e afastamento de concorrentes na exploração de jogos de azar, mediante utilização das estruturas dos órgãos do sistema de justiça criminal, por determinação dos líderes das organizações criminosas;
Prática, em conjunto com os líderes das ORCRIM, de agiotagem e lavagem de dinheiro;
Mandados cumpridos
Durante a apuração, foi descoberto, ainda, indícios da prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, prevaricação, violação de sigilo funcional e lavagem de dinheiro, através de organização criminosa.
Ao todo, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão em residências e locais de trabalho dos agentes envolvidos, na cidade de Montes Claros. Sendo determinado o afastamento do cargo, proibição de acesso e frequência a prédios da Polícia Civil; suspensão de senhas e de qualquer forma de acesso à bancos de dados próprios das forças de segurança pública; suspensão do porte ou a posse de arma de fogo funcional e de uso privado.
Além disso, foram bloqueados, também, bens (móveis e imóveis) e valores,e realizada a apreensão de um veículo utilizado por um dos investigados.
Segredo de justiça
A ação contou com a particicipação de seis promotores de justiça, dois servidores do MPMG, e 32 policiais civis, sendo oito delegados de polícia, 19 investigadores e cinco escrivães. As investigações continuam e o processo corre em segredo de justiça.
A operação deflagrada e medidas tomadas contou com o apoio também da Corregedoria Geral de Polícia de Minas Gerais. O Ministério Público de Minas Gerais ressalta a confiança na instituição da Polícia Civil de Minas Gerais e, por conseguinte, em seus honrados e íntegros servidores.
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