FIM DO JULGAMENTO | Policial Militar Acusado de Matar Jovem em Boate recebe pena de 23 Anos e 4 Meses de Reclusão - Rede Gazeta de Comunicação

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FIM DO JULGAMENTO | Policial Militar Acusado de Matar Jovem em Boate recebe pena de 23 Anos e 4 Meses de Reclusão

O julgamento de um policial militar acusado de assassinar um jovem de 21 anos em uma boate de Montes Claros começou nesta terça-feira (22). O crime ocorreu em dezembro de 2023 e é tratado pelo Ministério Público como homicídio triplamente qualificado. O acusado, de 30 anos, pode enfrentar uma pena de 23 anos e 4 meses de reclusão, caso seja considerado culpado.

A Acusação

Segundo o MP, o crime foi motivado por uma discussão fútil sobre um jaleco. Durante o confronto, a vítima estava desarmada e não esperava ser atacada. O disparo de arma de fogo, realizado em um local com grande concentração de pessoas, também gerou risco para os demais presentes, evidenciando a desproporcionalidade da ação do policial. Além da punição ao acusado, a promotoria solicitou uma indenização de pelo menos R$ 100 mil à família da vítima, que clama por justiça.

O Caso

O incidente começou quando o policial agrediu uma mulher, levando o namorado dela a confrontá-lo. Durante a confusão, o policial disparou contra o jovem após uma breve troca de empurrões. Após o ato, ele se entregou à polícia e apresentou a arma utilizada. Em seu depoimento, o policial afirmou que havia ido à boate com uma amiga e, ao retornar, foi acusado de roubo, o que desencadeou a discussão. Ele alegou ter sido agredido por dois homens, sem confirmar se a vítima estava entre eles.

Reações da Boate

A direção da boate emitiu uma nota expressando solidariedade à família da vítima e reafirmando seu compromisso com a segurança dos clientes. Segundo a administração, o policial se identificou como militar ao entrar no local, o que lhe conferia o direito de portar arma, conforme a legislação. A boate também afirmou que todas as medidas de segurança foram seguidas e que está colaborando com as investigações.

A Dor da Família

Emocionada, a tia da vítima, Iracema Mota, compartilhou o sofrimento da família após a perda de Felipe. “Quando me avisaram que algo tinha acontecido com o Felipe, eu não queria acreditar. Desde aquele dia, estamos com o coração partido. O que queremos é justiça, pois não há nada que traga o Felipe de volta”, desabafou.

Iracema descreveu Felipe como uma pessoa extrovertida e feliz, que estava começando sua carreira no turismo ao lado do pai e vivendo um momento especial em sua vida. “Ele estava muito feliz, e isso torna essa tragédia ainda mais difícil de suportar”, lamentou.