Corona Circus - Rede Gazeta de Comunicação

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Corona Circus

Isabel Lôpo

Historiadora, atriz, cronista e acadêmica de jornalismo

Enquanto aguardo minha vez de entrar num set de filmagens, acompanho os colegas que, já podem trabalhar em algumas regiões do país.

Em Junqueirópolis, cidade do interior do estado de São Paulo, um grupo de artistas se uniu numa produção cinematográfica, com o objetivo de salvar algumas famílias que vêm passando por dificuldades nesse tempo pandêmico, bem como chamar a atenção e valorizar aquela região, pois a Prefeitura de Junqueirópolis apoiou o projeto isentando as taxas a serem pagas pela utilização de espaços públicos que serviram de locações para compor o cenário das filmagens.

O filme é um longa-metragem brasileiro de produção independente, produzido pela Animal Filmes e dirigido por Roberto Rowntree, que também atua ao lado de colegas renomados como, Dedé Santana, Francisco Carvalho, Liza Vieira e Pedro Pauleey. Intitulado “Corana Circus”, o roteiro aborda o drama de uma família que administra um circo numa pequena cidade do interior, e que tem vivido momentos de terror durante a pandemia que vem assolando o mundo. Dentre as grandes mudanças que vêm sofrendo no seu dia a dia, uma delas foi serem obrigados a improvisar um hospital de campanha, naquele picadeiro.

O período do auge do circo como palco de shows e circo-teatro foi entre as décadas de 1940 e 1960. Muita gente não sabe, mas o circo é uma arte de inclusão popular. Os remotos registros da indústria fonográfica foram de artistas circenses, os primeiros programas de televisão tiveram palhaços como apresentadores, e as bandas de circo difundiam a música de um lugar a outro, ou seja, artistas do rádio e da televisão usavam o picadeiro como palco de shows, pelo circo ter a capacidade difusora devido a estrutura itinerante.

Durante a quarentena impostas na tentativa de controlar o vírus da Covid-19, os artistas sofrem com as agruras da impossibilidade de ganhar seu sustento. E Apesar do assunto ser extremamente sério e preocupante, a fotografia de Paulo Furtado, incrementa a abordagem do tema com leveza e bom humor, trazendo atuações focadas na amizade, nos valores éticos e no amor ao próximo. Todos os atores e equipe técnica foram previamente testados e liberados para realizarem as gravações com todos os protocolos de segurança contra o novo corona vírus.

E caso você possa contribuir de alguma forma, acesse as redes sociais destes nomes aqui citados, para que nós e mais pessoas tenhamos acesso a mais essa instigante obra cinematográfica brasileira.

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