ACHILES BATISTA FERREIRA JUNIOR
Coordenador dos cursos de Marketing Digital, Marketing e Gestão de Mídias Sociais do Centro Universitário Internacional Uninter
Para abordar o marketing sustentável, começo destacando sobre esta prática do ponto de vista da sustentabilidade.
Refiro-me ao “upcycling”, ou seja, a reciclagem de materiais (para cima). Em ordem de contextualizar a sua aplicação, voltamos no tempo para evidenciar o maior exemplo desta nobre e inteligente prática sustentável no setor têxtil, nos idos de 1929.
Neste período, os Estados Unidos amarguraram os anos da Grande Depressão, também conhecida como a Crise de 1929, que persistiu ao longo da década de 1930.
Este episódio mergulhou as famílias tradicionais norte-americanas em um estado de pobreza inimaginável, a ponto de as pessoas mal conseguirem alimentos devido ao terrível momento econômico. Desta forma, solucionar a crise tornou-se prioridade absoluta dos Estados Unidos para a compra e fornecimento de alimentação básica à população.
Foi então que a mágica da solidariedade e criatividade foram evidenciadas, quando os produtores de farinha decidiram auxiliar os cidadãos americanos de maneira a dar-lhes um pouco de alento e alegria, e assim atenuar o sofrimento das famílias na época.
Neste período de escassez, as indústrias de farinha embalaram seus produtos em sacos coloridos, elaborados com tecidos estampados para que as pessoas pudessem reutilizar.
As mulheres usavam estes mesmos sacos de farinhas de trigo que compravam para atender a criação bem como suas famílias, para confecção de roupas, cobertores, capas, toalhas, cortinas e até bonecas de pano. Em tempos difíceis, a criatividade é a nossa melhor arma.
Vale lembrar que, antes da crise, os EUA desfrutaram de um período de riqueza, com prosperidade e desenvolvimento incomum em sua história, e nem poderiam imaginar que chegariam ao fundo do poço – prova de que um plano B sempre é interessante.
Após a enorme crise econômica e graças à recuperação econômica causada pela reconstrução europeia durante o período pós-guerra, a população americana não precisou mais resolver os problemas do vestuário recorrendo aos sacos de algodão. Os vestidos feitos com eles se tornaram parte do passado e hoje servem como inspiração sobre sustentabilidade e empatia ao próximo.
Ficou provado, desde 1929, que ambas as situações podem e devem estar alinhadas e a criatividade sempre fará o ser humano ainda mais especial.
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