MG já bate recorde de fogo em vegetação até junho passado - Rede Gazeta de Comunicação

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MG já bate recorde de fogo em vegetação até junho passado

Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) aponta que o Estado bateu o recorde de incêndios em vegetação em junho deste ano. Foram registrados 3.812 focos de incêndio nesse período, o maior número do ano até agora e o maior do mês se comparado aos cinco últimos anos. O valor representa 32% do total em 2024 (11.850), quase um terço dos registros.

Em Uberaba, conforme o CBMMG, de fevereiro a julho foram registrados 171 incêndios florestais. Ao longo de 2023, foram 480 incêndios. Em decorrência destas queimadas, o CBMMG resgatou um mico (sagui), um gavião (carcará) e um lagarto teiú de médio porte. Todos apresentavam ferimentos e estavam fora de seus habitats naturais, sendo encaminhados ao Hospital Veterinário para tratamento e posterior reinserção na natureza.

O Corpo de Bombeiros destaca que as queimadas são um dos principais fatores que prejudicam a fauna de Minas Gerais, forçando os animais silvestres a deixarem seus habitats. A instituição também lembrou que provocar incêndios é crime.  

Esse ano, os desafios em relação às queimadas são ainda maiores, visto que a região de Uberaba enfrente seca severa, com mais de 100 dias sem chuvas e a vegetação seca favorece o aparecimento de focos de incêndio com frequência. 

A previsão do Sistema de Meteorologia e Recursos Hídricos de Minas Gerais (Simge), do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), é de que neste período as chuvas fiquem abaixo da média climatológica, principalmente nas regiões Norte, Noroeste e Triângulo Mineiro.

O CBMMG alerta, que a causa dos focos pode ser desde a queima de uma área de mata que se propaga para outra, bitucas de cigarro e balões, até incêndios criminosos. Já a falta de chuva e baixa umidade relativa do ar contribuem para a rápida propagação do fogo em áreas de vegetação.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a antecipação do período seco deste ano pode colaborar com o aumento dos incêndios. O período de seca se iniciou em abril deste ano e não em maio, como normalmente ocorre.