Programa ALI Educação Empreendedora transforma a realidade de escolas no Norte de Minas - Rede Gazeta de Comunicação

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Programa ALI Educação Empreendedora transforma a realidade de escolas no Norte de Minas

Programa do Sebrae visa apoiar as instituições de ensino na adoção de práticas de inovação que transformem o ambiente escolar

Escolas públicas do norte de Minas Gerais tiveram a sua realidade transformada após participarem do programa ALI Educação Empreendedora, do Sebrae Minas. A iniciativa visa estimular o processo de inovação nas escolas do Ensino Básico e fortalecer a educação empreendedora como instrumento de transformação, além de disseminar competências empreendedoras em toda a comunidade escolar. Desde que foi lançado, o programa já impactou mais de 500 escolas em todo o estado.

No município de Rubelita, no norte de Minas, a Escola Estadual Leonidas Alves Ribeiro foi destaque entre as ações do programa. O diretor da escola, Welinton Loiola, relembra o contexto da escola, antes do programa ser implantado. “Os principais desafios que a escola enfrentava eram sem dúvida a baixa perspectiva dos estudantes em dar continuidade aos estudos e à formação acadêmica, assim como a falta de oportunidades, que até então eles não enxergavam”, conta.

O programa acontece por meio de visitas e orientação de um Agente Local de Inovação, que realiza um diagnóstico da instituição, identifica os principais desafios e necessidades e apresenta um plano de ação, que será executado em parceria com os educadores e lideranças da escola. A agente Rosaneia Bessa conta que “um dos desafios foi envolver toda a comunidade, especialmente os estudantes, que no início eram um pouco resistentes”, relembra.

Diante dos desafios vivenciados pela escola, foi elaborado um plano de ação. Entre as atividades, a primeira foi buscar parcerias com instituições para mobilizar os alunos e mostrar caminhos que eles poderiam seguir. Uma delas foi com o IFNMG – Campus Salinas, que fez visitas à escola e falou sobre a importância do sistema de cotas. Além disso, foram realizados workshops para levar os estudantes a refletirem sobre o seu potencial e acreditarem em seus sonhos.

O diretor da escola ressalta como as ações tiveram impacto direto no comportamento dos estudantes. “Percebemos que hoje, os alunos estão muito mais motivados e participativos. Eles despertaram interesse em empreender, passaram a acreditar que são capazes e abraçaram as ações da escola”, conta.

E analista do Sebrae Minas, Albertino Correia, destaca que o programa ALI contribui não apenas com a mudança de realidade da escola, mas todo o desenvolvimento da região. “Nós entendemos que o empreendedorismo começa na base, e a base tem que começar na escola. Ao introduzir desde cedo conceitos de empreendedorismo, as escolas preparam os jovens para enfrentarem desafios econômicos e sociais, criando oportunidades para si mesmos e para o seu entorno”, ressaltou.

Escola em Januária

Em Januária, a Escola Municipal Doutor Roberto Monteiro Fonseca também recebeu o programa ALI Educação Empreendedora e teve resultados surpreendentes. Após aplicação do diagnóstico, a agente local de inovação, Patricia Correia, conta que o principal desafio identificado era ressignificar os espaços da escola, em locais que estavam sem utilidade.

Para isso, os alunos foram mobilizados e criaram o projeto “Turista por um dia”. “O objetivo foi instigar os alunos a terem um olhar diferenciado sobre a escola, contribuindo para identificar os problemas e encontrarem possíveis soluções”, conta Patrícia. A partir daí, surgiu a ideia de plantarem uma horta, e também um cantinho da leitura, um antigo sonho que os alunos já cultivavam.

Foi então que a transformação do espaço começou. Com o apoio de alunos do Instituto Federal, os educadores e alunos foram capacitados para a construção dos canteiros. “Os canteiros foram criados em formatos geométricos, e conseguimos trabalhar com os alunos questões de matemática, ciência, geografia”, relembra a professora Edneide Couto. Também foi criado o espaço da leitura, que passou a ser utilizado com frequência pelos estudantes.

A analista do Sebrae, Aline Magalhães, relembra que “no início eles estavam desacreditados, mas eles conseguiram entender que o programa poderia agregar valor e mudar a realidade da escola. O trabalho só foi possível pois os educadores acreditaram e as crianças nos mostraram o que precisava ser feito. É muito gratificante ver como o programa transformou toda a realidade da escola.”

A professora Vanessa Aparecida conta, emocionada, como o programa impactou os estudantes. “Como professora, é emocionante ver o brilho nos olhos das crianças, ao verem um sonho realizado. Em uma escola da periferia, em que as crianças não têm grandes perspectivas, um projeto como esse é um grande incentivo. É muito transformador”, destaca.