Gregório José
Jornalista/Radialista/Filósofo
Na última semana me deparei com um manifesto buscando EOPI’s para Saúde mental do trabalahdor. Êpa! Isto mesmo que li? Equipamentos de Protenção Individual para a saúde mental? Existe isso? Sim, existem regras que contribuem. A saúde mental no ambiente de trabalho é essencial. Sem políticas e práticas adequadas, surgem ambientes tóxicos, baixa produtividade e altos índices de absenteísmo e presenteísmo. Para mudar isso, é fundamental capacitar líderes em segurança psicológica e comunicação não violenta. Isso inclui lidar com estresse e reconhecer assédio. No entanto, essa capacitação só funciona se a liderança aplicar o que aprendeu, algo que nem sempre ocorre devido à resistência organizacional.
Transparência e confidencialidade nos canais de comunicação e estabilidade no emprego para quem denuncia assédio são cruciais. O direito à desconexão, adotado em outros países, poderia melhorar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, mas a cultura de sobrecarga de trabalho impede sua efetiva implementação.
Pesquisas periódicas sobre clima organizacional e saúde mental são fundamentais para identificar problemas e desenvolver intervenções. Programas de avaliação e acompanhamento do bem-estar mental e financeiro, incluindo identificação de presenteísmo e absenteísmo, são essenciais, mas dependem da disposição da organização em implementar mudanças significativas.
Políticas claras e inegociáveis para riscos psicossociais, personalizadas para cada área de trabalho, contribuem para a saúde mental, mas precisam ser acompanhadas de fiscalização rigorosa. Desestigmatizar o tratamento psicológico e psiquiátrico é vital. Equidade de benefícios, como licença parental e acompanhamento psicológico, é importante, mas desafiadora de implementar.
Oferecer acolhimento e escuta qualificada desde o primeiro atendimento na saúde ocupacional é crucial. Médicos do trabalho devem ter autonomia para diagnosticar distúrbios emocionais sem risco de perderem seus empregos. A criação de um Código de Ética, com condutas claras e penalidades, é essencial para coibir abusos.
Ao nível individual, a autogestão da saúde integral, incluindo gerenciamento do estresse e práticas saudáveis, devem ser adotadas. Facilitar o acesso à terapia e ao acompanhamento psicológico pode fazer uma grande diferença.
Educação financeira e promoção do bem-estar financeiro são importantes, especialmente em tempos de incerteza econômica. Capacitar sobre neurodiversidade e promover inclusão e acessibilidade são passos essenciais para um ambiente justo e acolhedor. Essas iniciativas enfrentam preconceitos e falta de entendimento sobre a diversidade.
Diretrizes de prevenção para a saúde mental no trabalho são fundamentais, mas enfrentam desafios significativos. Implementá-las exige um esforço contínuo e coordenado de todos os níveis da organização, acompanhado por uma mudança cultural profunda que valorize a saúde mental e o bem-estar dos funcionários. (imagem criada pelo Copilot)
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