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FATOS E DETALHES

AÉCIO NEVES

Com apenas 782 votos em Montes Claros nas últimas eleições, sendo apoiado na cidade pelo presidente do PSDB local, Fernando Daymon, o deputado federal Aécio Neves, em um ano e meio da atual legislatura, conseguiu cerca de R$ 2,8 milhões em emendas para o município, todas direcionadas à saúde. O deputado federal com mandato mais votado na cidade, Nikolas Ferreira (PL), que esteve em Montes Claros ontem pela primeira vez desde as últimas eleições, apresentou, até o momento, R$ 500 mil para a Santa Casa. A coluna foi fechada antes do evento que ele faria para lançar a pré-candidatura do PL à Prefeitura. Pode ser que nessa reunião ele tenha feito mais anúncios em retribuição aos 22 mil votos que teve na cidade. Caso tenha feito, divulgaremos aqui.

SANDRO FUSCA

Circulou no final de semana vídeo em que o candidato a deputado federal nas últimas eleições, Sandro Fusca (PL), presidente do Núcleo do Cavalo da Sociedade Rural de Montes Claros, repetiu os argumentos que já tinha dado em entrevista à coluna há cerca de um mês. Ele reforçou o papel de Humberto Souto na campanha de Bolsonaro em 2022, dizendo que o presidente foi fundamental para a virada do ex-presidente sobre Lula em Montes Claros no segundo turno das últimas eleições e que, por isso, entende que apoiar o candidato de Humberto, o vice Guilherme Guimarães, seria o melhor caminho para a direita montes-clarense.

SANDRO FUSCA II

Sandro também disse que, “ao contrário de certas pessoas” (ele não mencionou os nomes), esteve com Bolsonaro nas duas eleições presidenciais que o capitão reformado do Exército disputou, destacou o que ele entende ser um bom trabalho da atual administração e finalizou dizendo que 99% da classe rural de Montes Claros está fechada com Humberto e Guilherme. Fusca é sobrinho, ao mesmo tempo, do presidente do Sicoob Credinor, Dario Colares Moreira, e do ex-ministro da Fazenda, Paulo Guedes, um dos mais próprios conselheiros de Jair Bolsonaro.

ANISTIA

O presidente do PL nacional, Valdemar Costa Neto, procurou os presidentes da Câmara, Artur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, para tentar um acordo, informa o blog de Bela Megale, do jornal “O Globo”. O PL não lançaria candidato à presidência das casas legislativas e apoiaria os indicados pelos atuais mandatários em troca de uma anistia para Jair Bolsonaro poder ficar em condição de disputar as eleições presidenciais de 2026. A ideia é articular votos do chamado Centrão, ao qual fazem parte tanto Lira como Pacheco, à proposta.

ANISTIA II

Para tentar viabilizar a anistia, Costa Neto quer usar também as eleições municipais como moeda de troca. Em cidades onde o PL está atrás nas pesquisas de campanhas também de direita e com interesse de deputados federais e senadores do Centrão, o partido não lançaria candidato a prefeito. Já está fazendo isso, por exemplo, em São Paulo, onde o presidente preteriu a pré-candidatura do ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles (PL), para apoiar a reeleição de Ricardo Nunes (MDB).

ANISTIA III

Em Montes Claros, o principal articulador da campanha de Guilherme Guimarães é o deputado federal Marcelo Freitas, ambos do UNIÃO BRASIL, ambos apoiadores de Jair Bolsonaro em 2022, portanto está o município numa situação que se encaixaria nessa proposta de acordo. É pouco provável que, em caso de segundo turno, o candidato do prefeito Humberto Souto não esteja lá. Um acordo com o PL poderia facilitar o caminho de Guilherme para uma tentativa de vencer no primeiro turno. A política tem muitas entranhas, muitas articulações e tudo pode acontecer. Daqui até julho, mês das convenções, muita água ainda vai rolar debaixo da ponte.

CANDIDATOS MILITARES

Muitos partidos de olho nos militares que querem ser candidatos a vereador. Isso porque o militar pode escolher um partido no momento das convenções. Ele não se filia, apenas disputa a eleição por aquela sigla, por isso não precisa cumprir o mesmo prazo de ingresso em um partido dos demais candidatos civis.

Pecê Almeida Júnior é jornalista e publicitário e fechou esta coluna às 18h08 de 20 de Maio de 2024

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