BULLYING NÃO É BRINCADEIRA: Escolas municipais reforçam o diálogo para prevenir essa prática - Rede Gazeta de Comunicação

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BULLYING NÃO É BRINCADEIRA: Escolas municipais reforçam o diálogo para prevenir essa prática

A Secretaria de Educação da Prefeitura de Montes Claros preparou uma programação especial para o mês de abril, com o objetivo de levar informação à comunidade escolar e reforçar a garantia dos diretos das crianças que apresentam o Transtorno do Espectro Autista (TEA). A programação está sendo realizada em todas as unidades escolares municipais e inclui oficinas, palestras, rodas de conversa, exposição de trabalhos realizados pelos alunos e sessão de cinema com vídeos alusivos ao tema.

Nesta semana, na Escola Municipal Celestino Pereira Salgado, no bairro Jardim Primavera, os alunos do oitavo e nono anos do Ensino Fundamental participaram de uma palestra sobre bullying, ministrada pelo sargento PM Maciel. Na oportunidade, o sargento compartilhou com os jovens suas experiências pessoais, vividas ainda na adolescência, quando enfrentou o bullying, e orientou os alunos sobre os impactos negativos dessa prática na vida das pessoas.

Dados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) mostram que um em cada dez estudantes brasileiros é vítima de bullying – anglicismo que se refere a atos de intimidação e violência física ou psicológica, geralmente em ambiente escolar. A Lei nº 13.185, em vigor desde 2016, classifica o bullying como intimidação sistemática, quando há violência física ou psicológica em atos de humilhação ou discriminação. A classificação também inclui ataques físicos, insultos, ameaças, comentários e apelidos pejorativos, entre outros.

Especialistas defendem que pais e escola devem estar atentos ao comportamento dos jovens e defendem que o diálogo continua a ser a melhor arma contra esse tipo de violência, que pode causar efeitos devastadores em crianças e adolescentes.

Durante a palestra, o sargento Maciel destacou a importância da prevenção, ressaltando a necessidade de empatia, respeito e apoio mútuo entre os colegas. “Uma coisa são as brincadeiras, outra coisa é quando partem para as atitudes mais agressivas, sejam elas verbais ou físicas, de forma mais direta e intencional, e que muitas vezes ocorre sem motivação, porque um se sente mais forte em relação ao outro para agredir e tomar essa posição”, alertou.

O militar também orientou os professores a ficarem atentos para evitar os casos de bullying e resolver a situação, conscientizando os agressores e auxiliando as vítimas. “A violência não é combatida com mais violência. Às vezes, punições aos agressores são necessárias quando estes extrapolam qualquer limite razoável. Porém, na maioria das vezes, os agressores também são jovens que sofrem por algum motivo. Nesses casos, a melhor maneira de solucionar o problema é pelo diálogo e conscientização. É necessário conscientizar aqueles que assistem, repetem ou indiretamente contribuem com o bullying, pois eles também mantêm o sistema de agressividade funcionando”, orientou.

Para a diretora Geralda Oliveira Silva, a palestra proporcionou reflexões profundas e estimulou os estudantes a promoverem um ambiente escolar mais inclusivo e acolhedor. “Ouvir o militar relatar suas próprias experiências com o bullying e a forma como ele lidou com o problema foi muito impactante para os alunos”, avalia. (Jerusia Arruda)

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