O eterno embate da luz do saber contra as trevas da ignorância (parte 2) - Rede Gazeta de Comunicação

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O eterno embate da luz do saber contra as trevas da ignorância (parte 2)

MENILDO JESUS DE SOUSA FREITAS

Contador, professor da Faculdade Milton Campos, mestre em ciências contábeis, membro da Academia Mineira de Ciências Contábeis e perito contador do Ministério Público da União

Em relação as mídias sociais, na qual muitos se valem para copiar e divulgar informações, geralmente escolhendo a dedo aquilo que entendem ser apropriado, segundo as circunstâncias que se lhes apresentam, se faz útil a reflexão de Jean-Paul Sartre em seu livro O existencialismo é um humanismo: “fazer a escolha por isto ou aquilo equivale a afirmar ao mesmo tempo o valor daquilo que escolhemos, pois não podemos nunca escolher o mal; (ou pensamos estar agindo assim); o que escolhemos é sempre o bem, (ou pensamos estar agindo assim) e nada pode ser bom (ou mal) para nós sem sê-lo para todos”. O filósofo ainda afirma, corroborando com o retro exposto, que nossa responsabilidade é muito maior do que poderíamos supor, pois ela envolve a sociedade como um todo.

Não deveria ser suficiente impor à sociedade ou a alguém, especificamente, que proceda assim ou com tal objetivo. Faz-se necessário que a sociedade ou determinada pessoa, tenha ciência e entenda plenamente o motivo e o objetivo a atingir. Assim, se a sociedade ou um indivíduo buscar este ou aquele objetivo, sem total discernimento daquilo que se busca e porque se busca – ou seja, se cada um não souber expressar claramente as razões, o porquê e de que forma está engajado –, haverá consequências ou resultados com certeza. Entretanto, neste caso, a realização pessoal de cada um daqueles que se deixa levar apenas pela imposição de um ou de alguns, recairá não na própria satisfação ou concretização de um desejo personalíssimo, mas no contentamento ou efetivação do desejo de um ou de poucos beneficiados ou manipuladores.

O embate, mais do que nunca, é necessário e deve se dar por meio da contínua promoção da educação formal e de qualidade, por dever constitucional do Estado e por meio de órgãos de comunicação, que se mostrem sérios e comprometidos com a difusão de fatos comprovadamente ocorridos. Esse compromisso também compete a cada um de nós, que ao adquirimos o devido saber acerca de um fato, objeto ou matéria posta em discussão e questionado por alguém, devemos transmitir e difundir esse conhecimento, desde que a emissão de opinião ou exposição, possua o devido sustentáculo na ciência e no conhecimento comprovado. Somente desta maneira, será possível sobrepor a luz do saber às trevas da ignorância, como de fato, felizmente tem ocorrido, ainda que com percalços.

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