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Plano de saúde empresarial com coparticipação cresce na pandemia

LUCAS VILELA

Administrador e gestor comercial da operadora de planos de saúde You Saúde


As maiores financiadoras do setor da saúde suplementar no Brasil são as empresas, às quais se estima que estejam vinculados 67% dos usuários de planos de saúde por meio de contratos empresariais. O período de pandemia obrigou o setor privado a cortar custos, e uma das maneiras foi aderindo à modalidade de coparticipação dos empregados. Neste modelo, o usuário é responsável pelo pagamento de um percentual do valor do procedimento.
Uma pesquisa realizada pela parceria entre a Aliança de Saúde Populacional (Asap) e a Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) confirma essa tendência. Os dados revelam que houve uma expansão de 59% para 72% das empresas brasileiras que aderiram ao sistema da coparticipação nos planos de saúde entre 2017 e 2020.

Uma vantagem da coparticipação é que ela estimula o usuário a recorrer ao benefício com consciência, ao mesmo tempo em que permite controlar suas despesas com saúde. Desde a contratação ele é avisado de como funciona, quanto custa, o que está incluído, entre outros. A coparticipação reduz o custo, visto que o valor do plano é dividido por todos os participantes sem o risco de cobranças extras. Qualquer cobrança desproporcional deve ser denunciada à Agência Nacional de Saúde (ANS).

Aliado a isso, o distanciamento adotado durante a pandemia acelerou a contratação de serviços de atendimento remoto. De acordo com um levantamento da Mercer Marsh Benefícios junto a 324 empresas, no ano passado, de janeiro a julho, 54% delas adotaram a telemedicina, 40% passaram a oferecer terapia online e 61% disponibilizaram atividades físicas à distância.

Este também é um universo que só está começando a crescer. Um levantamento feito pela ANS indica que o atendimento por telemedicina ainda é bastante modesto: das 16 milhões de consultas médicas feitas entre abril e junho de 2020, apenas 59 mil ocorreram à distância.

As perspectivas para esse mercado vão encontrar fôlego no aumento expressivo da demanda, inclusive das empresas. Esses benefícios facilitam a gestão da saúde e ampliam o acesso do empregado ao serviço. A pandemia deu o empurrão que faltava para a adoção dessa tecnologia, e a tendência é de que as pessoas e as próprias empresas procurem ainda mais por esse tipo de prestação devido à comodidade que ele proporciona a um baixo custo.

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